Gedevan Soares Campos foi assassinado após ser atraído para local de suposto encontro com a esposa do suspeito.
A Polícia Civil de Alagoas cumpriu, na tarde dessa quinta-feira (22), o mandado de prisão preventiva de um homem suspeito de ser autor de dois homicídios que aconteceram no bairro do Tabuleiro do Martins, ambos no mesmo dia. A equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investigou e efetuou a prisão de G.V, de 50 anos, foi coordenada pelo delegado Fábio Costa.
De acordo com Fábio Costa, o que chama a atenção para o caso é que as vítimas não tinham nenhuma ligação e isso dificultou o trabalho de investigação da Polícia. “Apesar dos crimes acontecerem no mesmo dia e lugar, a única coisa que as vítimas tinham em comum era o fato de entrarem em desentendimento com familiares do suspeito. O primeiro homicídio aconteceu durante a manhã do dia 21 de março e o segundo no final da tarde do mesmo dia”, explica o delegado.
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PRIMEIRO CASO
No dia 21 de março deste ano, Darlan da Silva, de 25 anos, vulgo “bonitão” ou “lindão”, foi assassinado a tiros na Rua Sombra dos Eucaliptos, no Tabuleiro do Martins. Segundo investigações, a vítima estava embridada e causando confusões na região e no dia do homicídio havia tentado invadir casas durante a madrugada.
Uma das residências, em que Darlan da Silva tentou entrar, pertencia ao filho de G.V, que ameaçou a vítima e ligou para o pai após o ocorrido. Chegando ao local, o suspeito teria perseguido Darlan e efetuado os disparos que vitimaram o jovem em via pública. Uma jovem, parente de G.V, chegou a ser alvejada no pé em decorrência dos disparos efetuados contra Darlan.
SEGUNDO CASO
No final da tarde do mesmo dia, Gedevan Soares Campos, de 29 anos, foi morto a tiros na Avenida Durval de Góes Monteiro, no Tabuleiro do Martins. A vítima atuava como porteiro em um prédio próximo ao local de trabalho da esposa de G.V., que, de acordo com as investigações, vinha sendo assediada diariamente por ele, durante todo o trajeto que ela fazia até o ponto de ônibus. Nas conversas, ele insistia em encontrá-la, a fim de “fazê-la feliz”.
Em uma das investidas, Gedevan entregou o número do seu celular para que a esposa do suspeito entrasse em contato com ele. Chegando em casa, a mulher contou o ocorrido e G.V. falou com o porteiro, como se fosse a esposa, marcando um encontro.
O casal esperou que o
porteiro chegasse até o ponto de encontro, a poucos metros do local em que
acontecera o primeiro homicídio. Gedevan desceu da moto e, quando estava indo
em direção à mulher para lhe entregar o capacete e sair com ela em sua moto, o
suspeito se aproximou dos dois, afastou a sua esposa e desferiu vários tiros
contra a vítima, com o mesmo revólver utilizado no homicídio cometido pela
manhã. O suspeito confessou com riqueza de detalhes a prática dos dois
homicídios.
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