Especialista
diz que movimentação atípica demonstra que o processo de colapso segue em
andamento.
Dois
dias após se romper, a mina 18 voltou a apresentar uma movimentação de água
formando inicialmente ondas e depois um redemoinho.
Imagens
aéreas foram registradas às 6h40 desta terça-feira (12) e exibidas com
exclusividade no Balanço Geral, da TV Pajuçara/ Record.
O
registro é bem diferente das imagens captadas nessa segunda-feira (11), quando,
aparentemente, a água não estava mais sendo sugada para dentro da mina. Veja no
vídeo abaixo:
ESPECIALISTA
ANALISA IMAGENS
Especialista
em Meio Ambiente e Energia, o professor universitário Dilson Ferreira analisou
as imagens, que segundo ele, demonstram que água da lagoa segue entrando dentro
da mina 18.
"O
que a gente vê: o colapso de uma mina é um processo, a gente teve o afundamento
do solo, o rompimento da mina e agora a água está entrando. É importante que as
autoridades com equipamentos específicos façam a medição, vão ao local, mas
tudo indica que há ainda um movimento de água entrando dentro dessa mina.
Possivelmente essa mina deve ter vazios ainda, esse solo está se movimentando
lá embaixo e a água está ocupando, então por isso que às vezes aparece um
redemoinho e some, isso indica um movimento de água em direção à mina",
explicou.
INÍCIO
DO ROMPIMENTO
Para
o professor, o que se viu até então é somente o início do processo de
rompimento da mina 18 e a vigilância em relação às demais minas é
imprescindível. "Qual o risco que se pode ter? Tem que averiguar se essa
água está entrando e impactando paredes de outras minas ou se só está
preenchendo o volume da mina 18. Como tem solo, e água está entrando, ela vai
empurrando o solo. Tem vazios que água ́ preenche e quando isso acontece ela
suga, estabiliza e suga novamente", disse.
"Esse
movimento vai ocorrer até que essa mina colapse totalmente, até porque ela tem
60% na lagoa e 40% no continente. Tudo indica que a mina não colapsa de uma vez
só, ela não cria uma cratera de uma vez só. Ela está em processo de rompimento,
por isso que a água entra, para e volta", acrescentou o especialista.
O TNH1 entrou em contato com a Defesa Civil de Maceió, que ficou de analisar a situação para enviar resposta.
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