De acordo com a escola, o
professor e o segundo funcionário foram afastados "tão logo o colégio
tomou conhecimento das denúncias de assédios a estudantes dentro desta
instituição".
Um professor e um
funcionário, cujo cargo não foi informado, foram afastados de suas funções após
relatos de assédio e abusos sexuais em uma tradicional escola particular de Rio
Largo, na região metropolitana de Maceió. Somente contra o professor, segundo a
Associação AME, que acolhe mulheres vítimas de violência, há mais de 20 relatos
de abusos praticados durante os últimos 10 anos.
De acordo com a escola, o
professor e o segundo funcionário foram afastados "tão logo o colégio tomou
conhecimento das denúncias de assédios a estudantes dentro desta
instituição". "O professor
cujas denúncias recai foi afastado de suas funções e responde
administrativamente às acusações que lhe foram imputadas, assegurando os
princípios legais do contraditório, da ampla defesa e presunção de inocência.
Um segundo funcionário também objeto de denúncias, foi devidamente afastado de
suas funções para apuração dos fatos", informou a escola por meio da rede
social.
Sem detalhar, a escola
também informou que tem sido vítima de "fake news", com a repercussão
do caso nas mídias sociais. "Salientamos que todas as medidas legais já
estão sendo tomadas pelo nosso departamento jurídico e, os culpados (a) que
estão disseminando notícias falsas, visando unicamente a autopromoção,
engajamento e seguidores nas redes sociais, serão devidamente
responsabilizados(a)", disse a escola.
No início da tarde desta
quinta-feira (30), o TNH1 entrou em contato com a escola e foi informado que
mais informações só serão repassadas à imprensa amanhã, dia 1º de outubro, por
meio da assessoria jurídica. "Asseguramos que todo relato de assédio a
estudantes será apurado e as denúncias poderão ser formalizadas através de um
canal criado especialmente para esse fim, oportunizando as vítimas relatar o
possível assédio ocorrido, de forma segura", trouxe a nota da escola. A
instituição disse ainda que está em fase de elaboração uma campanha
institucional de enfrentamento ao assédio. A campanha contará com orientações
para prevenção, tratamento e responsabilizações a servidores e estudantes.
Entenda o caso - Um
professor foi denunciado como suspeito de violência sexual contra várias
crianças nos últimos 10 anos na cidade de Rio Largo. Algumas das vítimas,
acompanhadas dos pais, estiveram na Associação AME para relatar as denúncias, nessa quarta-feira
(29). De acordo com a advogada Julia Nunes, da AME, são mais de 20 relatos de
crianças que teriam sido abusadas por um mesmo professor. Segundo Julia Nunes, há casos de beijos
forçados, "cantadinhas" e gestos obscenos praticados pelo professor.
O caso já foi denunciado na polícia e será levado ao Ministério Público
Estadual (MPE).
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