Porta-voz do grupo
extremista disse ao jornal alemão Welt am Sonntag que talibãs querem manter
relações "diplomáticas fortes e oficias" com o governo alemão e que
buscam apoio financeiro e ajuda humanitária.
Em entrevista publicada
neste domingo (05/09) pelo jornal alemão Welt am Sonntag, o porta-voz do Talibã
Zabiullah Mujahid disse que o grupo militante agora no controle da maior parte
do Afeganistão gostaria de manter relações diplomáticas com a Alemanha e
receber apoio financeiro do país europeu.
"Queremos relações
diplomáticas fortes e oficiais com a Alemanha", afirmou.
Mujahid afirmou, ainda, que
os alemães sempre foram bem-vindos no Afeganistão e que sempre foram vistos
como uma influência positiva no país asiático.
"Infelizmente, eles se
juntaram aos americanos. Mas isso está perdoado agora", destacou Mujahid.
Além disso, segundo o
jornal, o Talibã também busca com a Alemanha e outros países apoio financeiro,
ajuda humanitária e cooperação em áreas como saúde, agricultura e educação.
Negociação com o Talibã
A Alemanha fechou sua
embaixada em Cabul quando o Talibã assumiu o poder e realocou o embaixador
Markus Potzel em Doha, no Catar, para manter conversações com o grupo
extremista.
Após o fim da ocupação
militar americana, Berlim espera alguém nível de cooperação do Talibã para
tirar do país asiático cidadãos afegãos, sobretudo mulheres, defensores dos
direitos humanos e pessoas que ajudaram a Alemanha nos últimos 20 anos.
O ministro das Relações
Exteriores alemão, Heiko Maas, disse na semana passada que "se fosse
politicamente possível e se a situação de segurança permitir", a Alemanha
deveria ter novamente sua própria embaixada em Cabul.
No entanto, ele reforçou que
ter a representação diplomática não significa o reconhecimento do governo Talibã.
Em agosto, a chanceler
federal da Alemanha, Angela Merkel, admitiu que seria preciso dialogar com o
Talibã para salvar vidas no Afeganistão.
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