Segundo
o premiê japonês, serviços de emergência enfrentam dificuldades para chegar aos
locais próximos ao epicentro dos tremores; há pelo menos 120 casos de pedidos
de ajuda aguardando socorro.
As primeiras imagens aéreas dos lugares mais atingidos pelo terremoto de grande porte no Japão mostram o resultado da violência dos tremores e dos incêndios que vieram depois.
Socorristas
lutam contra o tempo para salvar vidas. Segundo a prefeitura de Ishikawa,
epicentro do terremoto, o número de mortos ainda deve aumentar nos próximos
dias, porque há pessoas desaparecidas que podem estar soterradas nos
desabamentos.
Na
cidade de Wajima, um prédio de sete andares caiu inteiro para o lado e demoliu
as estruturas vizinhas.
Na
cidade de Noto, na costa japonesa, vários barcos foram arremessados pelas
fortes ondas. Ali, os temidos tsunamis mostraram a sua força.
A
casa de Kazuyuki Iwaike foi uma das que sofreram inundação. Por sorte, ele
estava no trabalho — e só percebeu o tamanho do perigo quando chegou em casa,
uma hora e meia depois do terremoto.
"Teria
sido muito perigoso [estar em casa] por causa do tsunami. Em todo lugar tremeu,
mas aqui o tsunami entrou na casa", disse ele, enquanto limpava o que
restou.
Perto
dali, na cidade de Anamizu, a parede da casa de uma moradora caiu com a força
dos tremores.
"Nossa
casa ficou assim depois do terremoto de 2007. Tínhamos acabado de reconstruí-la
e não sei se vamos conseguir reconstruir novamente", lamentou Miki
Kobayashi.
Na
televisão estatal japonesa, uma imagem mostrava um pedido de ajuda: um SOS
formado com objetos grandes na cidade de Suzu. Centenas de rodovias próximas ao
epicentro do terremoto estão destruídas e bloqueadas, o que impede a chegada de
ajuda.
O
primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, afirmou que há cerca de mil
socorristas com dificuldades para chegar aos locais próximos ao epicentro. Há
pelo menos 120 casos de pedidos de ajuda aguardando socorro.
Desde
que o terremoto mais forte atingiu o Japão, mais de quarenta horas atrás, a
agência de meteorologia do país registrou cerca de 200 tremores menores. O
governo também avisou que novos terremotos fortes ainda podem ocorrer,
principalmente nos próximos três dias.
Fonte:
Jornal Nacional – Globo
0 Comentários