Presidente
se referiu a retomada do voto de papel, se isso não ocorrer o seu lado pode não
aceitar o resultado.
O
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender nesta quarta-feira, 7
a implementação do voto impresso e, em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto
Alegre, ele disse que sem a retomada do voto no papel, o seu lado “pode não
aceitar o resultado” das eleições do próximo ano.
“Eles
vão arranjar problemas para o ano que vem. Se este método continuar aí, sem,
inclusive, a contagem pública, eles vão ter problemas. Porque algum lado pode
não aceitar o resultado. Este algum lado, obviamente, é o nosso lado, pode não
aceitar o resultado”, disse Bolsonaro.
Sem
provas, Bolsonaro ainda disse que Aécio derrotou Dilma em 2014 e que, em 2018,
também houve fraude.
“O
nosso levantamento aqui, né, o nosso levantamento, feito por gente que entende
do assunto, que esteve presente lá dentro, acompanhou toda a votação, ele
garante que sim [Aécio foi eleito].”
“E o
que eu vi, eu não sou técnico em informática, mas o que eu vi, está comprovado,
no meu entender, a fraude em 2014. O Aécio foi eleito em 2014”, disse o
presidente, sem apresentar provas. Naquela eleição, Dilma Rousseff (PT) foi
reeleita com 52% dos votos, ante 48% do tucano Aécio. Esse resultado
representou uma vantagem de 3,5 milhões de votos da petista.
Bolsonaro
disse que “a democracia se vê ameaçada por alguns de toga que perderam a noção
de até onde vai [sic] os seus deveres, os seus direitos” e acusou o presidente
do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, de ser contra o
voto impresso por interesses próprios.
“Por
que Barroso não quer transparência nas eleições? Porque ele tem interesse
pessoal nisso”,
afirmou, acusando-o de negociar o apoio de partidos no Congresso.
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