O Fantástico revelou os bastidores da caçada que terminou com a morte de Marcelo Bastos, de 32 anos, conhecido como Pica-Pau.
Ele era o homem mais procurado do Rio Grande do Norte. Em pleno o fogo cruzado, Marcelo publicou vídeos nas redes sociais.
“Troca de tiro com os pilantras. Nós 'é' o crime. 'Nós morre' trocando", afirma na gravação.
Áudios revelam ações criminosas
Marcelo Bastos liderava a facção Novo Cangaço, uma dissidência do “Sindicato do Crime”, com atuação em todo o estado. Segundo a polícia, ele vinha ampliando sua rede e recrutando novos membros.
“Eles tiveram problemas internos e fundaram essa nova facção. Ele queria mais adeptos”, explicou o delegado Joacir Lucena da Rocha.
Pica-Pau espalhava áudios por aplicativos de mensagens, incentivando criminosos e anunciando a presença da facção em diversas cidades:
“Em poucos dias, 'nós já se faz' presente em 10 cidades do estado.”
Em outro áudio, ele alertava sobre “fogo amigo” e mencionava conflitos internos entre grupos criminosos.
"Eu sei que meu áudio está um pouco longo, quando nós pedimos nossa exclusão, perguntaram aí qual era o motivo, ''nós sabe' aí que várias quebradas aí tem verdadeiros criminosos, cara capacitado, que hoje não pode nem expressar sua voz".
Cerco e confronto
A operação envolveu policiais civis e militares, além da CORE/RN (Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais). O delegado Iury Cabral relatou que a equipe já se deslocava para cumprir o mandado de prisão quando se deparou com o confronto em andamento.
“Já estávamos a caminho para prender Marcelo e outro integrante da organização criminosa.”
Dentro da casa estavam Marcelo Bastos, sua namorada e um comparsa — todos investigados por envolvimento com o Novo Cangaço. A operação terminou com a morte dos três.

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