Uma situação em Paulo Afonso tem gerado questionamentos importantes sobre prioridades na gestão pública municipal.

A prefeitura aprovou três contratos que somam R$ 1.129.150 para fornecimento de água mineral às secretarias municipais. O valor foi divulgado pelo vereador Jailson Oliveira e representa cerca de 2 milhões de copos de água por ano - ou 171 mil copos mensais.
Os contratos foram firmados para "atender às necessidades do complexo administrativo municipal". Paralelamente, a cidade enfrenta desafios significativos na área da saúde e administração: o centro cirúrgico do Hospital Nair Alves de Souza está inativo desde janeiro e mais de 1.400 servidores foram demitidos no início da gestão atual, muitos desses ex-funcionários ainda aguardam o pagamento das rescisões e pacientes precisam ser transferidos para outras cidades para cirurgias.
Para colocar em perspectiva: R$ 1 milhão poderia contratar cerca de 20 médicos especialistas por um ano inteiro, adquirir equipamentos médicos essenciais como um aparelho de ressonância magnética, ou garantir o abastecimento completo da farmácia municipal por mais de dois anos. "Nunca vimos um desrespeito tão grande com o dinheiro público", declarou o vereador que trouxe o caso à tona.
Paulo Afonso, conhecida como "Capital da Energia" e importante centro turístico da Bahia, tem uma população que merece transparência sobre como seus recursos públicos são aplicados. A discussão levanta questões fundamentais sobre prioridades na gestão municipal.
Fonte: Chico Sabe Tudo