Mais pessoas saíram do que chegaram ao estado; alagoanos migraram para SP, MG e MT.
Dados divulgados pelo IBGE na última sexta-feira, 27, indicam que Alagoas ocupa o segundo lugar nordestino em perda populacional por fatores migratórios. Segundo o Censo Demográfico 2022, o estado ocupa a segunda posição regional em saldo migratório negativo, que ocorre quando a saída de residentes é superior à entrada de pessoas no local.
A pesquisa revela que, entre 31 de julho de 2017 e 01 de agosto de 2012, cerca de 74.772 pessoas passaram a residir no estado. Contudo, mais de 117 mil (117.402) deixaram Alagoas. Houve perda populacional de 42,6 mil moradores, com taxa líquida de migração negativa (-1,36%).
No Nordeste, o estado está atrás apenas do Maranhão, que registrou perda de 129,3 mil residentes e taxa líquida de migração de -1,91%. Na região, apenas a Paraíba apresentou saldo migratório positivo, com acréscimo de 31 mil residentes (+0,78%).
Nos últimos 5 anos antes do último censo, entre 2017 e 2022, a maioria dos Alagoas migrou para São Paulo (34.494), seguida por Minas Gerais (14.087) e Mato Grosso (13.332). Destino histórico de migração para os alagoanos, Pernambuco agora ocupa o 4º lugar, com 12.075 migrantes de AL.
Segundo o Censo 2022, a maior parte da população do estado é composta por alagoanos. Mais de 91% dos residentes de AL nasceram no estado e 97% são nordestinos, principalmente pernambucanos (3,66% da população residente em Alagoas).
Migração e fecundidade
A divulgação da sexta-feira, 27, trouxe ainda os dados de fecundidade, indicador que também pode servir para analisar o crescimento ou decréscimo do ritmo populacional do país.
Nesse ponto, Alagoas ocupa uma posição de destaque distinta, com valores acima da média regional e brasileira. O estado lidera a Taxa de Fecundidade Total (TFT) do Nordeste, com expectativa de 1,77 filhos por mulher em idade fértil, acima da média regional (1,60) e brasileira (1,55).
Apesar de ainda apresentar valores acima da média, a TFT de Alagoas está abaixo do nível de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher. Aspectos como a queda da taxa de fecundidade total, envelhecimento e migrações podem influenciar no decréscimo da população geral do estado, estimado para a partir de 2027, segundo as projeções do IBGE.
O declínio da taxa de fecundidade é realidade em todo o país, que também enfrenta um processo de adiamento da maternidade, com aumento da idade média das mães no Brasil.
Aumento do número de estrangeiros e naturalizados brasileiros
De volta ao tema da migração, a pesquisa revelou que o principal país de origem dos estrangeiros que passaram a residir em Alagoas entre os anos de 2017 e 2022 foi a Colômbia, que trouxe um contingente de 200 imigrantes. Estados Unidos (164 pessoas) e Argentina (134) completam o pódio de imigrantes mais recentes.
Homens são maioria entre os estrangeiros que imigraram durante esse período e somam 56%.
Nas últimas duas décadas, Alagoas registrou um aumento expressivo no número de estrangeiros e naturalizados brasileiros residentes na região, segundo os dados do Censo Demográfico.
A quantidade de imigrantes estrangeiros no estado mais do que triplicou, saltando de 577 moradores, em 2000, para 1.736 pessoas no ano de 2022. O número de naturalizados brasileiros subiu de 298 para 565 pessoas entre esses anos.
Sobre a pesquisa
Os dados de migração e fecundidade do Censo Demográfico 2022 são públicos e podem ser consultados na plataforma SIDRA (https://sidra.ibge.gov.br/
Por: Assessoria
2 Comentários
Com toda razão e situações o povo Alagoano, não tem oportunidades de viver com dignidade no seu próprio estado, com tanta desigualdade social e financeira. E uma parcela dos políticos Alagoanos cada vez mais ricos. Uma vergonha para Estado de Alagoas perde economicamente para o Estado de Sergipe.
ResponderEliminarConcordo com você! Vivemos num estado que explora o turismo de forma descontrolada. Alagoas virou um estado pra Turista vê, mas para quem vive continua o atraso e a dominação econômica por meia dúzia de famílias que se perpetuam no poder através da troca de favores. Vejamos o caso de Delmiro Gouveia: a maior indústria hoje é o subemprego no hospital, prefeitura com indicação e amarras pra servir de cabo eleitoral nas eleições. Em 1913 a cidade gerava mais de 1.000 empregos na indústria. Hoje a maior indústria da cidade é a de capacho da família que se apoderou de tudo e de quase todos!
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