No momento da apreensão, o assassino teria dito que a vítima “simbolizava uma alegria que o agressor não tinha”, segundo promotor.


adolescente de 14 anos que foi morta a golpes de tesoura por um colega da mesma idade recebeu um bilhete com ameaças antes do ataque. Nessa terça-feira, 20, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) descartou que a morte de Melissa Campos tenha sido motivada por bullying.

Com base nas informações da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), que apreendeu o menor, além de outras provas, como cadernos, o promotor do caso, André Tuma, concluiu que o autor do crime sentia inveja da vítima. “Essa folha de papel é como se fosse uma sentença de morte. Mas o bilhete falava de uma morte por estrangulamento”, explicou.

A motivação foi confirmada pela PMMG, que revelou que, no momento da apreensão, o jovem teria dito, segundo o promotor: “Ela simbolizava uma alegria que eu não tinha”.

Mais detalhes do caso:

O crime foi cometido em 8 de maio deste ano, em um colégio particular, em Uberaba (MG).

Aluna do 9º ano, Melissa foi socorrida por um professor até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

A equipe de resgate tentou reanimar a vítima, que não resistiu e teve a morte confirmada ainda no local.

Após o crime, o  aluno fugiu da escola e foi encontrado no fim da tarde e apreendido pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).

A investigação ficou a cargo da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).

Segundo o delegado Edson Moreira, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, um segundo jovem ajudou no crime.

O polícia disse que o crime foi frugal, um plano de garotos de 14 anos que, por mais abjeto que seja, foi estancado naquele momento.

Ataque planejado

Durante as investigações ficou constatado que o ataque foi planejado. O adolescente apontado como executor das tesouradas entrou com a arma na escola, enquanto o outro menor ajudou o jovem a fugir.

Também foi apurado que os dois estudavam na mesma sala da vítima.

Os dois jovens foram autuados por infração análoga ao crime de homicídio.

Fonte: Metropoles