Evento integra as ações do “Maio Laranja” e reúne estudantes, autoridades e representantes da Justiça em mobilização contra a violência sexual.


Estudantes do ensino médio da rede municipal de Água Branca, no Alto Sertão de Alagoas, participaram na manhã da última quinta-feira, 16, de uma palestra educativa sobre o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. O evento integra as ações do “Maio Laranja”, campanha nacional de conscientização e enfrentamento à violência sexual infantojuvenil.

A palestra foi conduzida pelo juiz Marcos Vinícius Linhares, que destacou os impactos devastadores desse tipo de violência e reforçou a importância da informação e da denúncia como formas de proteção às vítimas. “Os números sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes são estarrecedores. Informação, orientação e diálogo são ferramentas imprescindíveis para combater esse crime”, afirmou o magistrado.

Promovida em parceria entre o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) e a Prefeitura de Água Branca, a ação contou com a presença da prefeita Nayara Emannuela, além de representantes das Secretarias Municipais de Educação e Assistência Social, Conselheiros Tutelares, advogados e outras autoridades locais.

Durante o encontro, Marcos Linhares também alertou para as consequências profundas que o abuso sexual gera nas vítimas, prejudicando seu desenvolvimento emocional, social e psicológico. “É preciso que os abusos sejam denunciados pelos diversos canais disponíveis para que os responsáveis sejam punidos com o rigor da lei”, completou.

A atividade integra uma série de mobilizações que estão sendo realizadas ao longo de maio no município, com o objetivo de fortalecer a rede de proteção à infância e incentivar a denúncia de casos de violência sexual.

O “Maio Laranja” foi instituído pela Lei Federal nº 9.970/2000, que estabeleceu o dia 18 de maio como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes – em memória da menina Araceli Cabrera Crespo, de apenas 8 anos, assassinada em 1973 após ser sequestrada e violentada.