Durante entrevista, trio relata vingança como motivação para o homicídio brutal que chocou moradores de Canapi.
Os três acusados de cometer um homicídio brutal na zona rural de Canapi, no Alto Sertão de Alagoas, foram presos e apresentados nesta quarta-feira, 14, no Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) do município. O crime teve grande repercussão após o corpo de José Reginaldo da Silva ter sido encontrado com mais de 30 facadas e o pescoço degolado com um facão, em uma barragem no Sítio Lagoa do Mato, localidade conhecida como Campo Grande.
A prisão dos suspeitos foi resultado de uma operação conjunta coordenada pelos delegados Rodrigo Rocha Cavalcanti, Carlos José e Andrey Araújo, com apoio do Tenente-Coronel Pedro de Oliveira, do Grupamento de Polícia Militar (GPM) de Canapi e do Pelotão de Operações Especiais (Pelopes).
Durante a apresentação no CISP, os três autores — identificados como Dione Gonzaga da Silva, 35 anos; Wila Silva Ferreira, 20 anos; e o menor D. F. S., de 17 anos — concederam entrevista exclusiva à equipe de reportagem do portal Ítalo Timóteo, revelando os supostos motivos que os levaram a cometer o crime.
Segundo eles, a vítima teria praticado diversos crimes na região, incluindo estupro, além de tentativas de homicídio e homicídio contra familiares dos acusados. De acordo com Dione, José Reginaldo teria tentado matar seu irmão e seu filho, o menor de idade envolvido no homicídio.
“Ele matou meu irmão e tentou matar meu filho também. Esse homem era um estuprador. A gente aguentou até onde deu”, afirmou Dione Gonzaga da Silva, em depoimento à reportagem.
O crime ocorreu após uma noite de consumo de bebidas alcoólicas. Na manhã seguinte, o proprietário da fazenda onde todos trabalhavam encontrou vestígios de sangue e acionou as autoridades. O corpo foi localizado pelo Corpo de Bombeiros em uma barragem próxima.
Apesar das confissões, a Polícia Civil seguirá investigando os fatos para verificar a veracidade das alegações e identificar se a vítima realmente possuía antecedentes criminais. O envolvimento do adolescente, que confessou participação direta no homicídio, será tratado com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O caso segue em investigação sob o comando da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
0 Comentários