Parlamentar critica falta de transparência nas pautas das sessões, questiona a veracidade da ata e denuncia postura autoritária da presidência da Câmara Municipal.

A sessão ordinária da Câmara Municipal nesta terça-feira, 15, foi marcada por fortes críticas do vereador Davi de Vieira à condução dos trabalhos legislativos pela mesa diretora. Em seu pronunciamento, o parlamentar expressou indignação com a recorrente falta de transparência nas pautas das sessões e apontou uma possível obstrução de informações.
A insatisfação foi motivada por uma mensagem enviada no grupo oficial da Casa Legislativa, que comunicava: “Bom dia, pauta da sessão ordinária, 15 de abril de 2025, dois projetos de lei de resolução, sete requerimentos e duas indicações.” Para o vereador, a mensagem é genérica e não cumpre a função de informar adequadamente aos parlamentares sobre os temas que serão debatidos em plenário.
“Com todo respeito, senhor presidente, essa mensagem não serve para absolutamente nada. Como é que vai ter uma sessão e a gente não sabe o assunto que vai ser debatido? A gente vem cego. Só sabe na hora que o Rogers lê", criticou.
Segundo Davi, uma vereadora chegou a questionar a pauta no grupo, mas não obteve resposta. Ele ainda destacou que, mesmo seguindo o regimento e protocolando os documentos dentro do prazo previsto, os parlamentares não recebem informações detalhadas sobre a ordem ou o conteúdo das proposições. A falta de clareza, segundo ele, compromete o debate e prejudica o trabalho legislativo.
“Isso é uma falta de comprometimento e uma obstrução para com nós vereadores. Se essa prática continuar, não hesitarei em acionar o poder judiciário para informar essa obstrução de informações que vem sendo praticada pela mesa diretora”, declarou.
Além da pauta, o vereador também questionou a veracidade da ata da sessão anterior, afirmando que o conteúdo registrado não condiz com o que de fato foi dito em plenário. Ele rejeitou a forma como sua fala foi atribuída ao jurídico e classificou o comportamento do presidente como autoritário.
“Eu estava presente e vi que a fala não foi a que está na ata. É uma falta de respeito imensa”, afirmou.
Davi ainda retomou a discussão sobre a ausência das transmissões ao vivo das sessões. Segundo ele, a gravação poderia evitar distorções nos registros oficiais e garantir mais transparência à população.
“O presidente não concordou com a transmissão ao vivo feita pelo setor de marketing da Câmara, mas contratou marketing particular para divulgar seu próprio trabalho nas redes sociais. Por que não fazer o mesmo pelo conjunto da Câmara?”, questionou.
Encerrando sua fala, o vereador fez um apelo pelo respeito ao direito de fala e criticou a postura autoritária da presidência da Casa.
“O presidente não dá direito de resposta. A última palavra é sempre a dele. Não aceito imposição nem falta de respeito com nosso direito à fala. A Câmara é lugar de diálogo, não de censura!”, concluiu.
Por: Thyara Ravelly (@revisoes_ravelly) colaboradora do it.com.br