"É o momento
de deixar as divisões dos últimos quatro anos para trás", disse o
presidente eleito em discurso a apoiadores.
Em discurso a apoiadores, o candidato republicano
Donald Trump, que foi eleito para seu segundo mandato como presidente dos
Estados Unidos, falou em unir o país e prometeu acabar com as guerras que estão
ocorrendo no mundo.
O pronunciamento foi feito pelo republicano após
a divulgação dos primeiros resultados que apontavam sua vitória, mas antes da
confirmação oficial.
“É o momento de deixar as divisões dos últimos
quatro anos para trás. É hora de nos unirmos. Nós vamos tentar, nós temos que
tentar. E vai acontecer. O sucesso nos unirá”, disse Trump.
O republicano disse que “já viu isso acontecer”
durante seu primeiro mandato. “À medida que nós ganhamos mais sucesso, as
pessoas começaram a se unir. O sucesso irá nos unir.”
No discurso, o republicano também falou sobre
conflitos mundiais em curso. “Disseram que eu começaria uma guerra. Mas eu não
vou começar nenhuma guerra. Eu vou por fim a guerras.
Ele citou o combate feito pelos EUA contra o
Estado Islâmico durante seu mandato presidencial. “Nós derrotamos o Estado
Islâmico, mas não tivemos nenhuma guerra.”
A candidata derrotada, Kamala Harris, ainda não
se pronunciou sobre o resultado. Para Américo Martins, analista sênior de
Internacional da CNN, a demora no reconhecimento da derrota está gerando
especulações e indicando uma possível animosidade entre os candidatos.
Logo na manhã desta quarta, o presidente do Brasil,
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou uma mensagem em suas redes sociais
parabenizando Trump pela vitória contra a democrata Kamala Harris.
Segundo apuração da âncora da CNN Tainá Falcão,
Lula deverá telefonar para Trump nos próximos dias para reiterar as
congratulações ao presidente eleito.
A postura de Lula é diferente da que foi adotada
em 2020 pelo então presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL), que demorou
cerca de um mês para parabenizar o democrata Joe Biden pela vitória –justamente
contra Trump.
Entretanto, a expectativa é de que o petista não
vá aos Estados Unidos para participar da posse de Donald Trump, que será em
janeiro do ano que vem. A delegação brasileira deverá ser representada por
Maria Luiza Ribeiro Viotti, embaixadora brasileira nos Estados Unidos.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin
Netanyahu, e seus correligionários comemoraram a eleição de Donald Trump como
presidente dos Estados Unidos, saudando o que um líder do movimento de colonos
israelenses chamou de um aliado que os apoiaria “incondicionalmente”.
“Seu retorno histórico à Casa Branca oferece um
novo começo para os Estados Unidos e um poderoso compromisso com a grande
aliança entre Israel e os Estados Unidos”, afirmou ele em uma declaração, que
foi repetida pelos líderes dos partidos religiosos nacionalistas de
extrema-direita em sua coalizão.
O grupo extremista palestino Hamas, que vem
lutando contra Israel há mais de um ano em Gaza, disse que a eleição era uma
questão para o povo norte-americano, mas pediu o fim do “apoio cego” dos
Estados Unidos a Israel.
“Pedimos a Trump que aprenda com os erros do
[presidente Joe] Biden”, disse Sami Abu Zuhri, representante do Hamas, à
Reuters.
Ao contrário de Lula e de Netanyahu, o presidente
da Rússia, Vladimir Putin, não tem planos de ligar para Trump, segundo Dmitry
Peskov, porta-voz do Kremlin.
Segundo ele, a Rússia está monitorando
cuidadosamente as informações sobre a eleição dos EUA e é improvável que faça
uma avaliação oficial até ver “palavras e ações concretas”.
“Ainda há algo a fazer, considerando que o atual
presidente dos EUA permanecerá no cargo por quase mais um mês e meio”, disse
Peskov nesta quarta-feira (6).
Peskov destacou “declarações significativas” de
Trump, incluindo o que o Kremlin se referiu como “seu desejo de acabar com as
políticas em andamento de estender guerras antigas e começar novas”.
O governo do Irã, que enfrenta tensões com
Israel, afirmou que não há “nenhuma diferença significativa” em quem se torna
presidente nos EUA, relatou a mídia estatal.
De acordo com a Tasnim News, a agência de mídia
estatal no Irã associada ao Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, “o
porta-voz do governo iraniano, Fatemeh Mohajerani, confirmou que as políticas
gerais do Irã e dos Estados Unidos são consistentes”.
Mohajerani também disse que a eleição do
presidente dos Estados Unidos não tem “nenhuma conexão” com o Irã e que as
“políticas gerais dos EUA e do Irã não mudaram”, relata a Tasnim.
Por: cnnbrasil.com.br
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