Muito ao contrário do que foi divulgado, os dois sargentos, que investigavam os responsáveis pelo arrombamento de uma casa lotérica em Olho D'Água das Flores, foram alvejados após, supostamente, terem sido confundidos com possíveis traficantes de droga.


Os precoces e brutais assassinatos do 1º sargento da Polícia Militar José Ailton Ramos de Oliveira, de 53 anos e o sargento Braulino Santos Santana, de 48 anos, mortos a tiros no domingo 10, enquanto faziam uma investigação, no Sítio Antas, próximo da AL-130, zona rural de São José da Tapera, no Médio Sertão alagoano, ganha um novo capitulo, este, um pouco mais próximo da realidade.

Os dois militares, que eram do Serviço de Inteligência do 7º BPM, teriam sido mortos por um colega de farda, que também estava trabalhando.

Muito ao contrário do que foi divulgado, os dois sargentos, que investigavam os responsáveis pelo arrombamento de uma casa lotérica em Olho D'Água das Flores, foram alvejados após, supostamente, terem sido confundidos com possíveis traficantes de droga.

O autor dos disparos também é lotado no 7º BPM, no Pelotão de Operações Especiais (Pelopes) e não na Companhia Independente de Operações Policiais Especiais do Sertão (COPES-Catinga). O policial está a cinco anos na corporação, igualmente sua esposa, que também integra o Pelopes.

O militar, autor dos disparos, está preso e teria entrado em depressão após constatar que havia alvejado os amigos e chegou a tentar suicídio.

Policiais que estiveram no local das mortes revelaram que os sargentos mortos estavam dentro de um veículo descaracterizado e usando balaclava e logo após o primeiro ser baleado, o outro saiu do veículo gritando que eram policiais, mas foi quando este também teria sido alvejado.

A informação contradiz com as primeiras notícias, de que os policiais mortos haviam sido alvejados por dois supostos traficantes, que horas depois teriam sido mortos num suposto confronto com guarnições da PM. A negativa das mortes dos suspeitos veio através de funcionários do Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca que negaram que o órgão havia recebido tais corpos.

Nesta suposta reviravolta do caso, "cai por terra" a outra versão divulgada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), que informou em nota oficial nesta segunda-feira, 11, que os matadores dos sargentos haviam sido presos e levados para o Centro Integrado da Segurança Pública (Cisp) em Batalha.

Na verdade, os presos nada tiveram a ver com as mortes dos policiais. Suas prisões foram motivadas por outros crimes.

Um outro detalhe ainda não esclarecido é porque militares do Pelopes, em uma viatura ostensiva, chegaram ao local e atiraram em duas pessoas apenas porque elas estavam de balaclava.

O comando da PM divulgou que o velório do sargento Oliveira acontece em Santana do Ipanema, onde ele morava com a família e seu sepultamento será na terça-feira, 12, em um dos cemitérios da cidade. Por sua vez o velório do sargento Braulino acontece na casa da mãe do militar, localizada entre Olho d'Água das Flores e Pão de Açúcar e seu sepultamento também será na terça, a partir das 9 horas, em Olho D'Água das Flores.

Por: 7segundos.com.br