A decisão, proferida no último dia 3 de outubro, estava sob segredo de Justiça até este domingo (27), quando foi desclassificada para garantir o direito de defesa do acusado. Desta forma, a transferência foi divulgada à imprensa por meio da assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça de Alagoas.


Cumprindo a ordem da juíza Eliana Acioly Machado, a Polícia Federal transferiu o agente Eudson Matos, lotado na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) e acusado do homicídio de Kleber Malaquias, em 2020, para um presídio federal.

A decisão, proferida no último dia 3 de outubro, estava sob segredo de Justiça até este domingo (27), quando foi desclassificada para garantir o direito de defesa do acusado. Desta forma, a transferência foi divulgada à imprensa por meio da assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça de Alagoas.

Na decisão, a juíza argumenta que a transferência seria essencial tanto para os interesses estatais quanto para a segurança de Matos. O agente estava sob custódia na Central de Flagrantes da Capital desde sua prisão preventiva em setembro deste ano, mas o local foi considerado “inadequado e incapaz de garantir a integridade física dele”, segundo o texto judicial.

Aponta ainda que Eudson “se trata de pessoa com autoridade dentro do grupo criminoso, com possível influência sobre os demais integrantes e até mesmo sobre eventuais testemunhas que venham a ser ouvidas no curso do processo, ocupa cargo dentro da polícia civil, sendo outros denunciados, integrantes e ex-integrantes da PM, todos inseridos no contexto da inteligência dentro desses órgãos, havendo clara influência do recorrido dentro da Polícia Civil do Estado de Alagoas, o que revela o interesse da segurança pública em sua transferência.”

A juíza Eliana Acioly Machado retirou, neste domingo, o sigilo da decisão a fim de “garantir a imediata efetivação dos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa deferidos” ao réu Matos, é um dos acusados pelo assassinato de Kleber Malaquias, ocorrido em 15 de julho de 2020, enfrentará o processo em um presídio federal, onde, conforme a decisão, há maior segurança para sua integridade física e para o cumprimento das determinações legais.