Opinião foi realizada pelo professor e pesquisador Bruno Mafra.


Primeiro
... O cenário é de terra arrasada, alguns sobreviventes. Várias perguntas continuam no “ar” e deixam a oposição sem “ar”. Como perderam 65% dos seus votos? Pergunta central que tem resposta objetiva e direta. Como? Sim, tem. Primeiro que fique claro que a oposição conhece o município e suas dificuldades e, por que então, perderam de forma tão avassaladora? 

Segundo... Quem deseja ser candidato precisa fazer o percurso do candidato, que se traduz em fazer política de base até a eleição, refletindo aquilo que acredita não está bom na cidade e que na convicção dele ser executado.  Nenhum nome da oposição fez esse percurso completo e outros nem o fizeram. 

Terceiro... Os nomes postos na mesa, com exceção do Renato Torres já tinham passagem pelo cargo de executivo municipal e não conseguiram governar bem. Cazuza e Eraldo tem em comum um passado de dificuldades de gestão mínima da máquina pública e foram reprovados nas urnas logo em seguida. 

Quarto... A oposição sabia, sim, que essa era uma eleição para ser perder, mas perder bem, para tentar em 2028 a vitória. Mas, o que vimos foi o passar da locomotiva que recuou a oposição em pelo menos dois ciclos, oito anos, para voltar a ser minimamente competitiva. 

Quinto... Para onde irá à oposição? O leme do barco está com Renato Torres, agora vereador eleito e com espaço de fala inédito, caberá a ele encontrar o caminho. 

Sexto...   A oposição precisa se profissionalizar na política e acabar de uma vez por todas com frases do tipo: “O povo está calado. ” “A resposta virá nas urnas. ” “Onde eu ando não vejo esses votos todos. ” Não há espaços para fantasias sem base na realidade em processo eleitoral. 

Sétimo e por fim.... Imersa no caos a oposição política delmirense terá que fazer o percurso da paciência sem perder a combatividade. 

Não há nada como um dia após o outro. 

É como penso.


Por: Bruno Mafra - Analista de gestão de educação de Pernambuco.

Professor e Pesquisador Social.