O serviço, que é referência
para os moradores dos 46 municípios que integram a II Macrorregião de Saúde,
formada pelo Agreste, Sertão e Baixo São Francisco, integra o Programa AVC Dá
Sinais, implantado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
Certificada internacionalmente
como uma das melhores do mundo, a Unidade AVC (Acidente Vascular Cerebral) do
Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, completa três anos com a
marca de 1.207 usuários atendidos. O serviço, que é referência para os
moradores dos 46 municípios que integram a II Macrorregião de Saúde, formada
pelo Agreste, Sertão e Baixo São Francisco, integra o Programa AVC Dá Sinais,
implantado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
Entre os beneficiados está
um idoso de 66 anos, morador de Estrela de Alagoas, atendido em março do ano
passado. Ele foi 50ª paciente a ser submetido a trombólise, procedimento que
utiliza um trombolítico, destinado a dissolver um coágulo no cérebro de uma
pessoa acometida pelo popular derrame.
Inicialmente, ele foi
socorrido até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Palmeira dos Índios,
mas, através do aplicativo de telemedicina Join, utilizado pelo Programa AVC Dá
Sinais, as equipes forneceram informações para a rede exclusiva de atendimento.
Em seguida, ele foi transferido para a Unidade AVC do HEA. Ao chegar, foram
realizados exames de imagem e avaliação do paciente, até o caso ser
diagnosticado como AVC isquêmico. Logo após os procedimentos, o paciente
apresentou melhoras no déficit motor e no desvio labial.
“Três anos depois da
implantação da Unidade de AVC, olhando como a estatística tem nomes e
sobrenomes – são amores de alguém, retornaram para suas casas, para suas
famílias, para o mercado de trabalho –, o coração fica cheio de orgulho. Os
certificados internacionais colocam a Unidade em destaque mundial, em três anos
apenas. Estamos escrevendo novas histórias para os pacientes, com final feliz”,
declarou a diretora-geral do HEA, a fonoaudióloga Bárbara Albuquerque.
Certificação Internacional
E diante do grande poder de
resolutividade, a Unidade de AVC do HEA está entre as melhores do mundo no
acolhimento aos pacientes acometidos pelo derrame. Como prova do trabalho
altamente qualificado, em agosto deste ano, o Programa Angels, iniciativa
internacional da Boehringer Ingelheim concedeu o certificado WSO Angels Award
Platinum Status, atestando o alto poder de eficiência assistencial do serviço.
Para comemorar a data,
profissionais da Unidade realizaram um ciclo de palestras no auditório do Sest
Senat-Unidade Arapiraca, nesta terça-feira (10). “A importância das Unidades de
AVC no tratamento dos pacientes portadores de AVC” foi o tema da primeira
palestra, proferida pelo neurologista Cledson Ventura.
Ele explicou que o AVC é a
segunda maior causa de morte no mundo, sendo a primeira no Brasil. “Então, uma
equipe bem treinada, ágil e dinâmica, consegue aproveitar cada segundo. A
Unidade AVC do HEA ocupa um espaço fundamental na estratégia de saúde pública.
Por estar em Arapiraca, a localização agiliza os atendimentos e isso se torna
resultado positivo para paciente, familiares, e para a própria equipe. Antes,
quando não tinha a Unidade de AVC do HEA, as pessoas não tinham como ter acesso
a tempo. A realidade agora é outra”, afirmou o médico.
Leitos
O coordenador de enfermagem
da Unidade de AVC do HEA, Evânio Silva, apresentou a estatística dos
indicadores da unidade, que possui seis leitos de Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) e 10 leitos de Enfermaria. “Nestes três anos atendemos 1.207 pessoas. A
maioria vem de Arapiraca, seguida de Palmeira dos Índios e Penedo. Até 50 anos,
as mulheres são maioria como vítimas de AVC. A partir daí, os homens assumem o
primeiro lugar na estatística. Além disso, o grupo de risco está entre 61 e 70
anos”, disse, salientando que entre os pacientes que deram entrada na unidade,
as principais causas de AVC foram pressão arterial elevada, diabetes e
tabagismo.
Doutorado
Durante sete anos, a
fisioterapeuta Lívia Dantas viveu os plantões e percorreu os corredores do
Hospital de Emergência do Agreste. Inclusive, em parte deste tempo esteve como
integrante da equipe da Unidade de AVC da instituição. Curiosa e pesquisadora
atenta, ela está fazendo uma tese de doutorado sobre o desfecho clínico dos
pacientes que sofreram AVC e que tiveram Covid-19.
“O que aconteceu depois da
Covid-19, já que hoje a gente tem uma alta incidência de AVC em indivíduos que
não têm comorbidade e em indivíduos jovens. Como eu já trabalhava na Unidade de
AVC, surgiu a pesquisa para avaliar se existia correlação entre o desfecho clínico,
o perfil epidemiológico, o perfil socioeconômico e a presença da doença”,
afirmou Lívia.
Por: saúde.al.gov.br
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