Daniel Mayer é suspeito de
induzir o MP/AL ao erro no caso Kleber Malaquias: ele foi preso pela Polícia
Federal.
O Sindicato dos Delegados de
Polícia de Alagoas (Sindepol/AL) e a Associação dos Delegados de Polícia de
Alagoas (Adepol/AL) divulgaram uma nota na qual ameaçam processar veículos de
comunicação, sites e páginas de redes sociais que divulguem imagens do delegado
Daniel Mayer, preso nesta quarta-feira (18).
O delegado é réu por fraude
processual, revelação de sigilo funcional e abuso de autoridade no caso que
investiga a morte do empresário Kleber Malaquias.
O documento divulgado pelo
Sindipol e Adepol afirma que a imagem de Daniel Mayer foi usada em
"reportagens sensacionalistas, colocando em xeque" a atuação do
mesmo.
As entidades manifestam
“indignação” pela prisão do delegado. Veja a nota abaixo:
"A Constituição
Federal, no artigo 5º, incisos X e LVII, protege a intimidade, a honra e a
presunção de inocência. O Código Civil reforça o direito à imagem, proibindo
sua utilização para exposição pública sem autorização, e a Convenção Americana
de Direitos Humanos também garante a proteção contra abusos à honra e à
dignidade. O Superior Tribunal de Justiça, por meio da Súmula 403, dispensa a
prova de prejuízo para fins de indenização em casos de uso não autorizado de
imagens, especialmente quando há exploração comercial envolvida, o que
indiretamente ocorre nos veículos de comunicação ao se beneficiarem de notícias
sensacionalistas para aumentar sua audiência".
Ao solicitar a
"retirada imediata" das imagens de Mayer dos veículos de comunicação
e redes sociais, o documento justifica que a "exposição indevida" de
Mayer tem causado danos à reputação, vida pessoal e profissional do delegado,
"prejudicando sua imagem pública antes mesmo de qualquer conclusão da
investigação".
"O poder destrutivo
dessas reportagens sensacionalistas é imensurável, gerando um julgamento
antecipado perante a sociedade e criando um estado negativo que dificilmente
poderá ser revertido, especialmente diante da comoção social gerada pela mídia.
Os eventuais direitos de resposta não são suficientes para reparar o dano já
sofrido".
"Diante do exposto, o Sindicato solicita a imediata retirada das imagens do delegado Daniel José Galvão Mayer de todos os veículos de comunicação e redes sociais, assegurando o respeito à presunção de inocência e à dignidade do investigado, conforme os princípios constitucionais e legais. A continuidade dessa exposição causa prejuízos irreparáveis e reforça um julgamento público sem base legal".
1 Comentários
Só sei, que o delegado Daniel, está com a carteira destruída. Tão jovem.
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