Mayer acumulava diversas funções, incluindo as de delegado nos 31º e 32º Distritos Policiais, além de ser responsável pela Diretoria de Polícia Judiciária 1 e pela Delegacia de Repressão ao Narcotráfico na capital.


O delegado Daniel Mayer foi destituído de suas funções na Polícia Civil de Alagoas e afastado do cargo após ser preso pela Polícia Federal, que o investiga por supostas fraudes processuais, divulgação de segredos funcionais e abuso de autoridade nas apurações relacionadas à morte do empresário Kleber Malaquias.

A decisão foi divulgada na edição do Diário Oficial do Estado de Alagoas nesta quarta-feira (25). Mayer acumulava diversas funções, incluindo as de delegado nos 31º e 32º Distritos Policiais, além de ser responsável pela Diretoria de Polícia Judiciária 1 e pela Delegacia de Repressão ao Narcotráfico na capital.

A portaria Nº 4359/2024, que formalizou seu afastamento, começou a valer na terça-feira (24) e foi assinada pelo delegado-geral da Polícia Civil, Gustavo Xavier.

Habeas corpus negado

O jornalista Ricardo Mota, do portal CadaMinuto, publicou em primeira mão em seu blog que o juiz Alberto Jorge Correia de Barros Lima, que atua como desembargador no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), negou liminar ao pedido de habeas corpus solicitado pela defesa do delegado.

Julgamento adiado

O Ministério Público informou que o juiz José Braga Neto, da 8ª Vara Criminal de Maceió, acatou o requerimento da Promotoria e adiou para o dia 17 de fevereiro de 2025 o júri, dos réus José Mário de Lima Silva, Edinaldo Estevão de Lima e Fredson José dos Santos, acusados de matarem Kleber Malaquias, em 2020.

Relembre o caso

Segundo o processo, o crime aconteceu dentro de um bar, em Rio Largo, na tarde de 15 de julho de 2020, dia do aniversário da vítima. A execução teria sido arquitetada pelos envolvidos que atraíram Kleber até o Bar da Buchada para realizar o assassinato.

A vítima era conhecida por denúncias contra políticos e autoridades, sendo esta a possível motivação do crime.

De acordo com o relatório, o policial militar José Mário, na época pré-candidato a vereador, marcou um encontro com Kleber para conversar sobre questões políticas. Na ocasião, Fredson José teria efetuado os disparos de arma de fogo que levaram a vítima à morte.

Consta nos autos que Kleber era alvo de constantes ameaças devido às denúncias que fazia contra políticos e autoridades.

Por: cadaminuto.com.br