A princípio, será apenas uma concessão por estado, com exceção para polos turísticos e unidades da federação mais populosas.
A Comissão de Constituição e Justiça aprovou, por 14 votos favoráveis e 12 contrários, o projeto de lei que autoriza o funcionamento de bingos e de cassinos e regulariza jogos de azar, como o Jogo do Bicho, e apostas. Essas atividades foram proibidas no país por um Decreto-Lei de 1946 . O projeto prevê que cassinos poderão ser instalados em resorts de alto padrão ou embarcações, com jogos eletrônicos e de roleta, cartas e outras modalidades.
A princípio, será apenas uma
concessão por estado, com exceção para polos turísticos e unidades da federação
mais populosas. Em relação a bingos, municípios poderão realizar essa
modalidade em estádios e casas de bingos serão permitidas na razão de uma para
cada 150 mil habitantes.
Interessados em explorar
jogos como o do Bicho deverão demonstrar capacidade financeira e o resgate de
prêmios até o limite da isenção do imposto de renda não necessitará de
identificação do apostador.
Ocupantes de cargos públicos ou administradores
de empresas que tenham recursos estatais; condenados por crimes como de
improbidade administrativa, sonegação fiscal e corrupção e pessoas inabilitadas
ou suspensas por entidades como a Comissão de Valores Mobiliários e Banco
Central não poderão explorar essas atividades.
O relator do projeto,
senador Irajá, do PSD do Tocantins, defende que é uma oportunidade de renda e
empregos e uma forma de trazer para a legalidade atividades à margem da lei:
"Nós vamos arrecadar desses jogos hoje, que são ilegais, que são
clandestinos, que estão funcionando na sombra da lei - em que nós não
arrecadamos absolutamente nada -, nós passaremos a arrecadar em torno de R$22
bilhões anualmente. Isso, claro, será dividido entre os estados, os municípios
e a própria União." disse o senador.
O senador Carlos Portinho,
do PL do Rio de Janeiro, entretanto, afirmou que a lei das apostas esportivas,
as bets, ainda não se converteu em benefícios para a sociedade, e que a
legalização dos bingos, cassinos e jogos de azar pode seguir o mesmo caminho.
“Seis meses depois, qual o
resultado? Tudo exatamente como antes, o governo não regulamentou uma linha e
com isso as bets continuam como antes, elas não pagam imposto, elas não pagam,
não pagam a outorga, então todo aquele discurso do governo de que era
importante regularizar porque isso se reverteria em receitas, não foi
verdadeiro, não é verdadeiro”, afirmou Portinho.
A não regulamentação da lei
implicará autorização de licença provisória para os empreendimentos. O texto
segue para a análise do Plenário do Senado.
Fonte: Cada Minuto.
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