Aumento de contas no
Instagram associadas ao game ilegal torna-se um problema para usuários; SMS e
WhatsApp também entram na mira.
O Jogo do Tigrinho, também
conhecido como “jogo do 10”, se tornou um viral nas redes sociais,
principalmente no TikTok e Instagram, nos últimos meses. Mas, por trás da
aparente diversão, o jogo tem gerado irritação e até mesmo revolta entre alguns
usuários.
A dinâmica é simples: um
jogador envia uma mensagem para outro, pedindo que ele envie a mensagem para
mais 10 pessoas. O objetivo é que ela circule o máximo possível, criando uma
corrente viral. Considerado ilegal no Brasil, o jogo tem irritado muitas
pessoas que estão sendo bombardeadas por contas criadas fora do Brasil.
São várias as consequências.
O envio massivo de mensagens pode ser considerado spam e invasivo por muitos
usuários, que se sentem incomodados com a constante notificação de mensagens
indesejadas.Algumas pessoas se sentem pressionadas a participar do jogo, mesmo
não querendo, por medo de ficarem de fora ou parecerem antissociais.
Outros relatos mostram
vítimas de golpes após participar do jogo, sendo induzidas a clicar em links
maliciosos ou fornecer dados pessoais. Em nota oficial enviada a veículos de
imprensa, nesta semana, a Meta, dona do Facebook e Instagram, alegou que existe
um esforço interno para inibir conteúdos que enganem os usuários de suas
plataformas.
“Esse tipo de jogo é
considerado de azar, pois os ganhos ou perdas dependem exclusivamente da sorte,
e não da habilidade do jogador. Por isso aplica-se a mesma lei utilizada com
cassinos, também não permitidos no Brasil. No entanto, nem todos os jogos que
envolvem sorte são proibidos no país. Para operar legalmente, cada modalidade
precisa de uma autorização oficial do governo. O fato do jogo infringir leis no
território, já é um indicativo de cautela aos usuários, uma vez que não se sabe
por quais processos de segurança o aplicativo passa, pois não há certificação.
Por não poder realizar publicidade legal, esses jogos criam bots, ou robôs, que
neste caso são usuários fakes, e invadem redes sociais de maneira massiva para
tentar atrair jogadores”, explica Helder Ferrão, Gerente de Marketing da Akamai
na América Latina.
Fonte: Forbes.
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