Relatório final foi
apresentado nesta quarta-feira, pelo senador Rogério Carvalho.
O relatório final da CPI da
Braskem pede o indiciamento de 15 pessoas e empresas ligadas à mineradora. O
documento final dos trabalhos foram apresentados pelo senador Rogério Carvalho
(PT/SE), relator da CPI. EM 765 páginas, o relatório detalha as
responsabilidades da mineradora, assim como de órgãos públicos e empresas
prestadoras de serviços. Na lista das pessoas que devem ser indiciadas, está o
nome do diretor-executivo da Braskem desde 2013 e atual vice-presidente
Executivo da Manufatura Brasil e Operações Industriais Globais, Marcelo de
Oliveira Cerqueira.
Entre os profissionais
ligados diretamente à Braskem, também devem ser indiciados, conforme o
relatório, o diretor industrial da empresa no período 2010-2019, Álvaro César
Oliveira de Almeida; o gerente de produção da Braskem até o ano de 2011, Marco
Aurélio Cabral Campelo; o gerente de produção da empresa entre os anos de 2012
e 2017, Paulo Márcio Tibana; o gerente de produção da Braskem entre os anos de
2018 e 2019, Galileu Moraes Henrique; engenheiro responsável técnico pela
mineração da Braskem em Maceió/AL entre os anos de 1976 e 2006, Paulo Roberto
Cabral de Melo; o responsável técnico da empresa nos períodos 2007-2010 e
2017-2019, Alex Cardoso Silva; e o responsável técnico da empresa no local da
mineração entre os anos de 2011 e 2016, Adolfo Sponquiado.
Ele pontuou, também, que a
conduta da empresa “apenas se tornou possível pela ausência deliberada do
Estado”. “Durante as investigações, pudemos perceber que as várias violações
aconteceram porque os órgãos fiscalizatórios fecharam os olhos”, acrescentou.
O relatório pede, ainda, o
indiciamento das empresas: STOP Serviços Topográficos, Flodim do Brasil,
Consalt, Modecom, além de Paulo Raimundo Morais da Cruz (sócio fundador da
empresa STOP Serviços Topográficos), Hugo Martins de Sousa (responsável técnico
pela emissão de laudos topográficos repassados à Agência Nacional de Mineração)
e Mônica Ballus (engenheira responsável pela tradução do documento produzido
pela empresa).
“Os eventos de Maceió,
Mariana e de Brumadinho não são catástrofes naturais. Em ambos os casos, houve
riscos criados pela intervenção humana. A perspectiva é a de que cada vez mais
sejamos punidos, e cada vez mais rápido, por nossa irresponsabilidade
ambiental. É hora, pois, de agir”, concluiu.
Fonte: Gazeta Web.
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