Josimar de Dionísio não tem
oferecido informações e por isso MPAL ajuizou uma ação.
O prefeito de Olivença,
Josimar de Dionísio, está na mira do Ministério Público, pelo fato de não
fornecer dados de gastos públicos. Nesta segunda-feira, 15, a Assessoria de
Comunicação do MPAL emitiu uma notícia relacionado ao fato.
Confira:
Esgotadas todas as
tentativas, entre procedimento administrativo e inquérito civil, sem que
lograsse êxito, e priorizando o que propõe a Lei de Acesso à Informação, o
Ministério Público de Alagoas (MPAL), por intermédio da 2ª Promotoria de
Justiça de Santana do Ipanema, após ação conjunta com o Núcleo de Defesa do
Patrimônio Público (Nudepat), optou pelo ajuizamento de ação civil pública em
desfavor do Município e do prefeito de Olivença, Jozimar Dionízio, por suprimir
do Portal de Transparência informações acerca de licitações e/ou contratos de
construção de escolas municipais. As denúncias foram feitas via Ouvidoria do
Ministério Público e as cobranças inciadas em janeiro de 2022.
O promotor de Justiça Alex
Almeida pormenoriza os procedimentos institucionais e ressalta o dever de se
administrar com moralidade.
“O Ministério Público há
dois anos pede esclarecimentos, estes sendo iniciados com procedimento
administrativo. O Município foi acionado através do seu procurador-geral, a ele
dado o prazo para que cumprisse a lei e alimentasse o portal da transparência
permitindo que os munícipes acompanhassem a movimentação da aplicação dos
recursos públicos, o que lhes é de direito. Mas as tratativas não avançaram.
Noutro momento, instauramos inquérito civil reforçando tudo o que já havíamos
enumerado, também não houve resposta, então, sem mais alternativas, vamos ao
último recurso que é a ação civil pública para que se manifeste judicialmente.
É preciso que os gestores absorvam seus deveres e tenham responsabilidade,
respeitem a população cumprindo a lei e deixando às claras a movimentação do
recurso público, os investimentos feitos para que se tenha convicção de que age
licitamente, o que não pode é uma omissão respaldada por denúncias tão sérias.
O bom gestor toma como base o princípio da moralidade”, enfatiza o promotor.
O Ministério Público acionou
o Município e o prefeito por meio do Procedimento Preparatório n.º
06.2023.00000593-7), por meio de ofícios encaminhados ao gabinete do prefeito e
ao procurador-geral do Município, sendo os primeiros contatos feitos em 31 de
janeiro de 2022, com prazos estipulados para a manifestação do Município e do
gestor, o que não ocorreu. Antes da ação civil pública, o prefeito Josimar
Dionízio foi notificado via whatsapp para que encaminhasse, no prazo de cinco
dias, as informações, inclusive com a advertência do disposto no art. 10 da lei
7.347/85.
“Tentamos todas as formas
conciliatórias, dando as chances necessárias para que o gestor prestasse os
esclarecimentos e regularizasse no portal as informações que são de interesse
coletivo. No entanto, ao que parece, o prefeito prefere manter sua
administração em descumprimento à lei, exigindo que o Ministério Público adote
medida mais severa com cunho judicial”, conclui o promotor Alex Almeida.
A ação está fundamentada na
Lei nº 12.527, de 18.11.2011 (Lei de Acesso à Informação) e a Lei Complementar
nº 131, de 27.05.2009 (Lei da Transparência), que dispõem sobre mecanismos de
acesso à informação e controle social da gestão pública, contribuindo para a
consolidação do regime democrático e ampliando a participação cidadã.
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