Investigados cumpriam ordens
de interno do presídio de Paulo Afonso, na Bahia.
A Delegacia de Simão Dias,
com apoio da Coordenadoria de Polícia Civil do Interior deflagrou a Operação Divisa
171 nesta quinta-feira, 18, em Sergipe e na Bahia, para cumprimento de mandados
de prisão preventiva e de busca e apreensão domiciliar contra grupo suspeito de
estelionato.
Segundo investigações, os
alvos realizavam transações fraudulentas de bens ofertados em sites de vendas e
redes sociais em municípios de Sergipe e Bahia. Durante a ação, foram cumpridos
dois mandados de prisão preventiva em Simão Dias e um em Antas, na Bahia.
A ação também culminou em
dois mandados de prisão e oito de buscas cumpridos no Presídio de Paulo Afonso,
além de um mandado cumprido no Presídio de Estância. Um Auto de Prisão em
Flagrante de arma de fogo também foi registrado em Antas, onde foi apreendido
um revólver calibre 38.
As investigações revelaram
que a organização criminosa, formada por internos do Conjunto Penal de Paulo
Afonso e por pessoas que estavam em liberdade e que atuavam em Simão Dias e
região, buscava por bens, como veículos, celulares e sistemas de som
automotivo, anunciados em plataformas de vendas online ou em redes sociais. Os
envolvidos se apresentavam como policiais militares ou civis e, até mesmo, como
policiais rodoviários federais, para negociar a compra dos itens de interesse.
Após a negociação, os
investigados enviavam falsos comprovantes bancários de transferências às
vítimas. Para concretizar a inversão da posse dos bens, por vezes o grupo
contou com a participação de terceiros de boa-fé, como taxistas e mecânicos, a
fim de dificultar a identificação dos cúmplices responsáveis pela destinação ilegal
dos produtos.
Os levantamentos da
Delegacia de Simão Dias mostraram que os investigados que cometeram delitos em
Simão Dias estavam cumprindo ordens especificamente de um interno do Conjunto
Penal de Paulo Afonso, para pegar motocicletas em determinados locais e
transportá-las para diferentes municípios da Bahia, onde eram repassadas a
terceiros indicados pelo preso.
O inquérito policial mostrou
ainda que muitas pessoas foram vítimas do grupo, inclusive profissionais que
executavam seus serviços de boa-fé, sem imaginar que estavam cooperando com
criminosos. Em um dos casos investigados, após uma negociação feita por
aplicativo de mensagens, o suspeito instruiu a vítima a deixar sua motocicleta
Honda Bros com um frentista em um posto de Simão Dias, após enviar um
comprovante falso de pagamento. Posteriormente, o golpista contatou o
proprietário de uma oficina mecânica, solicitando que o veículo fosse retirado
do posto para a troca de óleo.
De acordo com as informações
levantadas pela Polícia Civil, várias vítimas tiveram os seus bens levados e
outras não receberam por serviços prestados. Em um dos casos, apenas uma delas
perdeu cerca de R$ 15 mil.
A investigação deve
continuar, uma vez que foram encontrados golpes similares nas cidades de
Lagarto, Poço Verde, em Sergipe, Paripiranga, Cícero Dantas, Antas, Fátima e
Jeremoabo, ambas na Bahia.
A operação teve também as
participações das Delegacias de Simão Dias, Itaporanga D’Ajuda e Campo do
Brito, da Divisão de Patrimônio da Delegacia Regional de Lagarto, Coordenadoria
de Operações e Recursos Especiais (Core), Gope da Polícia Penal, 4ª Companhia
Independente da Polícia Militar do Estado de Sergipe, Delegacia de Antas/BA e
Delegacia Territorial de Paulo Afonso/BA.
Fonte: PA4.com.br
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