O encontro entre o
presidente Lula e os chefes do Legislativo ocorre em um momento de tensão entre
o Congresso e a articulação do governo.
O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) se
reuniram, neste domingo (21), para tratar da relação entre Executivo e
Legislativo. O encontro aconteceu no Palácio da Alvorada e se deu em meio à
tensão entre o Congresso e o governo, que tem Lira como um dos pivôs.
O encontro entre o
presidente Lula e os chefes do Legislativo ocorre em um momento de tensão entre
o Congresso e a articulação do governo. No início deste mês, Lira e o ministro
das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, se confrontaram publicamente e
trocaram farpas, em meio a um crescente acúmulo de desgaste desde o ano
passado.
A expectativa é de que Lula
tenha tratado das chamadas “pautas-bombas” e dos vetos presidenciais que devem
ser votados na próxima sessão do Congresso, na próxima quarta-feira (24), em um
horário posterior ao habitual, para facilitar o acordo que está sendo negociado
no Congresso.
O governo coordena com as
lideranças quais vetos têm consenso, a fim de agilizar a votação. Os temas
também devem ser discutidos no encontro com Pacheco.
Outro assunto que tem o
interesse de Lula é a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do quinquênio,
que cria um novo benefício salarial para juízes, magistrados, promotores e
defensores a cada cinco anos de serviço público, aprovada na CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça) do Senado na semana passada, deve entrar na pauta do
plenário nesta semana.
Os vetos presidenciais
também devem receber atenção. São 32 itens que aguardam a avaliação dos
parlamentares, entre eles, o veto na LOA (Lei Orçamentária Anual), que barrou
R$ 5,6 bilhões a mais em emendas parlamentares. O governo demonstrou disposição
para flexibilizar parte desse veto, destinando cerca de R$ 3,6 bilhões para
atender às reivindicações do Congresso.
Outros vetos previstos para
entrar na pauta do Congresso incluem o projeto de lei sobre as saídas
temporárias dos presídios, barrado pelo presidente Lula, e o veto do governo
Bolsonaro que impediu o despacho gratuito de bagagens em viagens aéreas.
Fonte: Cada Minuto.
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