Deputado federal está preso
preventivamente desde 24 de março.
A Câmara decidiu manter a
prisão preventiva do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ).
O parlamentar está preso
desde 24 de março por suspeita de ser mandante da execução da vereadora carioca
Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em 2018. Brazão, que está
na penitenciária federal de Campo Grande, nega participação no crime.
Foram 277 votos a favor e
129 contrários. Houve 28 abstenções.
Eram necessários ao menos
257 votos favoráveis para que o parlamentar continuasse preso, referendando a
decisão do Supremo Tribunal Federa (STF), e seguindo o relatório do deputado
Darci de Matos (PSD-SC).
Após a proclamação do
resultado, um grupo de parlamentares gritou “justiça” no plenário da Câmara.
Por se tratar de um
deputado, cabia à Câmara avaliar a medida cautelar sobre a prisão. Mais cedo, a
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa aprovou manter o congressista
preso.
Cleber Lopes, advogado de
Brazão, ao fazer a defesa do deputado falou sobre o risco de relativizar a
regra sobre a prisão em flagrante de congressistas. Ele também questionou os
procedimentos realizados na prisão do deputado, como o uso de algemas.
Cassação do mandato
A decisão da Câmara de
manter a prisão não tem impacto sobre o mandato dele. Mas já há uma ação na
Câmara que pede a cassação de Brazão.
Nesta quarta-feira (10), o
Conselho de Ética da Câmara abriu um processo disciplinar que pode cassar o
mandato de Brazão. A ação foi apresentada pelo PSOL, partido do qual Marielle
fazia parte.
Ainda será escolhido um
relator para o caso, que será Bruno Ganem (Podemos-SP), Ricardo Ayres
(Republicanos-TO) ou Gabriel Mota (Republicanos-RR).
Depois, o relator escolhido
terá um prazo de dez dias para produzir um parecer preliminar em que deverá
recomendar o arquivamento ou a continuidade do processo disciplinar.
Se o processo avançar, é
estipulado prazo de 90 dias úteis a partir da instauração do procedimento no
Conselho de Ética até a etapa de votação no plenário.
Fonte: CNN Brasil.
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