Ao
longo do segundo semestre do ano passado, o ex-PM prestou vários depoimentos
para investigadores no presídio federal de Campo Grande e revelou novos
detalhes do crime.
A
delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, que foi homologada pelo
ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi fechada
após uma série de depoimentos amplamente documentados em áudio e vídeo. As
conversas ocorreram no presídio federal de Campo Grande, onde o acusado de assassinar
Marielle Franco cumpre pena.
De
acordo com o teor da delação, Ronnie Lessa contou, por exemplo, que foi a uma
reunião a sós - olho no olho - com os dois mandantes do assassinato de
Marielle, onde ouviu de ambos o interesse em contratá-lo para matar a
vereadora.
Ronnie
Lessa revelou detalhes do local, da duração deste encontro, do teor de toda
conversa e, na saída, disse que se despediu dos dois com um aperto de mãos.
Cerca de três semanas após este primeiro encontro, Ronnie Lessa botou em
prática o atentado fatal.
Algum
tempo depois da morte de Marielle, diante da enorme comoção e repercussão do
crime, Ronnie Lessa disse que esteve pessoalmente mais uma vez com os mandantes
do homicídio.
Ainda
segundo o que consta da delação, o matador externou aos contratantes que estava
muito preocupado com a pressão da sociedade para identificar e prender os
assassinos. Ele temia que chegassem até ele.
Lessa
contou que ouviu dos mandantes para ficar tranquilo, pois a investigação (em
curso na época) não ia dar em nada, sugerindo que eles (mandantes) tinham
acesso privilegiado a pessoas que investigavam a execução de Marielle.
Lessa
falou em grupo político poderoso no RJ
Ronnie
Lessa está em cela isolada na penitenciária federal de Campo Grande (MS). Foi
lá, em agosto de 2023, que ele tomou conhecimento de que Élcio de Queiroz
estava colaborando com a investigação da PF e do MP do Rio.
Lessa
ouviu dos investigadores tudo que Élcio disse sobre a participação dele na
execução do plano de morte de Marielle. O ex-PM sentiu que não fazia mais
sentido segurar tudo sozinho. Decidiu, então, falar também.
Os
mandantes, segundo Lessa, integram um grupo político poderoso no Rio de Janeiro
com vários interesses em diversos setores do Estado. O ex-PM deu detalhes de
encontros com eles e indícios sobre as motivações. E tudo passou a ser
verificado pela força tarefa de policiais e membros do Ministério Público.
Suspeita
de envolvimento de parlamentar
Assim,
foi se consolidando a delação premiada, que acaba de ser autorizada pelo STF. O
caso foi parar no Supremo porque há suspeita de envolvimento de parlamentar do
Congresso Nacional.
Diligências
ainda estão em curso para fechar de vez a investigação e atribuir criminalmente
responsabilidades sobre o mando da morte de Marielle Franco e de Anderson
Gomes.
Do
presídio federal em Campo Grande, Ronnie Lessa participou na segunda-feira (18)
de videoconferência com o juiz que integra a equipe do ministro Alexandre de
Moraes. Ele confirmou os termos dos depoimentos prestados e revelações feitas
ao longo da investigação policial do ano passado.
O
depoimento por videoconferência foi pré-requisito para a homologação da delação
premiada de Lessa.
Fonte:
g1
1 Comentários
Oi Tá muito perto de chegar aos principais covardes que está sendo autoridade dando uma de bom mas precisa pagar é cerem preso por que é ô liga de criminoso na prisão em fim
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