Dezessete
pessoas morreram e cerca de 5,7 mil estão fora de casa por causa das fortes
chuvas que atingiram o Sul do Espírito Santo. No RJ, 8 pessoas morreram.
As
chuvas intensas que atingem a região Sudeste desde sexta-feira (22) causaram 17
mortes no Espírito Santo e oito no Rio de Janeiro. A chuva é causada por uma
frente fria que chegou da região Sul e pôs fim à onda de calor que atuou na
região na semana passada. Agora, essa frente fria está estacionada entre o
Norte do RJ e o Sul do ES.
No
Espírito Santo, mais de 5,7 mil pessoas estão fora de casa por causa das fortes
chuvas que atingiram o Sul entre a noite de sexta-feira (22) e a madrugada
deste sábado (23). A informação foi divulgada pelo boletim extraordinário da
Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cepdec) na manhã deste
domingo (24).
Ainda
segundo o boletim, 15 mortes foram registradas no município de Mimoso do Sul,
um dos municípios mais atingidos pela chuva. Outras duas mortes foram
registrados em Apiacá. Ainda não há a identificação das vítimas.
O
boletim acrescenta que 10 pessoas estavam em um asilo para idosos durante a
chuva em Mimoso do Sul. Cinco delas foram resgatadas de aeronave na manhã deste
domingo do Corpo de Bombeiros e cinco morreram.
Em
algumas casas, a água chegou ao segundo andar. Moradores foram para o telhado
para escapar da enchente. O coordenador estadual adjunto da Defesa Civil, o
tenente coronel Benicio Ferrari Junior, informou que em Mimoso do Sul a água já
está baixando e, com isso, as equipes estão conseguindo acessar mais áreas.
Ainda
de acordo com a Defesa Civil Estadual, os municípios que mais registraram
acumulado de chuva nas últimas 24 horas são Santa Teresa (75,1 mm), Cachoeiro
de Itapemirim (71,3 mm), Santa Maria de Jetibá (58,23 mm), seguido de Aracruz
(53,57 mm) e Fundão (51,8 mm).
O
Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da
Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), enviou, neste domingo
(24), uma equipe para prestar todo apoio a dez municípios do estado do Espírito
Santo atingidos pelas fortes chuvas.
Rio
de Janeiro
Já
no Rio de Janeiro, o cenário mais crítico é em Petrópolis, na Região Serrana,
onde choveu mais de 340 mm desde sexta. É um volume muito grande em pouco
tempo. A média na cidade para todo o mês de março é de 250 mm. A chuva
concentrada deixa o solo instável e provoca deslizamentos. A Defesa Civil informou
a ocorrência de 238 deslizamentos na cidade.
Um
deles destruiu a casa de uma família e deixou quatro mortos. Uma menina de
quatro anos foi resgatada viva após 15 horas sob os escombros. Ayla perdeu os
pais, o irmão e a avó. O resgate emocionou os bombeiros e moradores. A menina
está fora de perigo.
Ela
estava abraçada ao pai, que foi retirado sem vida. Douglas José de Souza tinha
24 anos. Ele usou o corpo como escudo para protegê-la. Na manhã deste domingo,
os corpos foram enterrados.
O
governo federal anunciou na noite deste sábado (23) que reconheceu situação de
emergência em Petrópolis (RJ).
Em
Teresópolis, uma criança de 8 anos e um adolescente de 14 morreram após três
casas caírem numa. Em Arraial do Cabo, um homem morreu atingido por um raio. Em
Duque de Caxias, um motorista morreu depois que o caminhão que ele dirigia
capotou na pista molhada e caiu em um córrego.
O
risco em Petrópolis e Teresópolis segue muito alto para deslizamentos de terra.
Qualquer chuva vai se somar ao que a chuva já provocou, de acordo com Centro
Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do governo
federal.
Fonte:
G1 Globo.
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