O
recado foi uma referência indireta aos vetos de Lula a emendas de comissão na
Lei Orçamentária Anual (LOA).
O
discurso do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, nesta
segunda-feira (5), na abertura do ano legislativo no Congresso Nacional,
repercutiu em toda a imprensa nacional
devido ao tom dos recados dados, principalmente ao presidente Lula.
O
parlamentar afirmou que o Orçamento pertence a todos, não apenas ao Executivo,
frisando que os parlamentares não são meros carimbadores das decisões do
governo. O recado foi uma referência indireta aos vetos de Lula a emendas de
comissão na Lei Orçamentária Anual (LOA).
“O
orçamento é de todos e para todos os brasileiros e brasileiras: não é e nem
pode ser de autoria exclusiva do Poder Executivo e muito menos de uma
burocracia técnica que, apesar de seu preparo, não duvido, não foi eleita para
escolher as prioridades da nação. E não gasta a sola de sapato percorrendo os
pequenos municípios brasileiros como nós, parlamentares. Somos nós que nos
dividimos entre este Plenário, os Ministérios e nossas bases, sendo a voz dos
nossos representados. Não admitimos que sejamos criticados por isso. Quanto
mais intervenções o Congresso Nacional fizer no Orçamento, tenham certeza: mais
o Brasil esquecido será ouvido. Nós somos o elo e a voz dos nossos 5.568
municípios”, destacou Lira.
O
presidente da Câmara dos Deputados prosseguiu dizendo que errará quem apostar
na omissão da Casa em 2024, ano eleitoral, e chamou a atenção para o
cumprimento de acordos firmados entre o Executivo e os parlamentares:
“A
boa política, como sabemos, apoia-se num pilar essencial: o respeito aos
acordos firmados e o cumprimento à palavra empenhada. E esse exemplo de boa
política e de honradez com os compromissos assumidos dado por esta Casa, que
marcou o ano de 2023 e permitiu a conquista de tantos avanços, também será a
tônica para 2024. E é por nos mantermos fieis à boa política e ao cumprimento
de todos os ajustes que firmamos, que exigimos, como natural contrapartida, o
respeito às decisões e o fiel cumprimento aos acordos firmados com o Parlamento”.
Sobre
as eleições municipais, o pleito onde será escolhido seu substituto na
presidência da Câmara e a relação entre Legislativo de Executivo, frisou:
"Errará,
insisto, errará grosseiramente qualquer um que aposte numa suposta inércia
desta Câmara dos Deputados neste ano de 2024. Seja em razão das eleições
municipais que se avizinham, seja, ainda, em razão de especulações sobre
eleições para a próxima Mesa Diretora, a ocorrerem apenas no próximo ano.
Errará ainda mais apostar na omissão desta Casa – que tanto serve e serviu ao
Brasil – em razão de uma suposta disputa política entre a Câmara dos Deputados
e o Poder Executivo. Para esses, que não acompanharam nosso ritmo de entregas e
realizações, deixo, humildemente, um importante recado: não subestimem esta
Mesa Diretora! Não subestimem os membros desta Legislatura".
Ao
final de sua fala, Lira manteve os recados, mas também contemporizou:
“Não
usurparmos os limites estabelecidos pela Constituição, assim como não
permitiremos que o façam conosco. Estarei sempre atento e vigilante em relação
ao papel institucional de cada Poder da República. Neste ano legislativo, agora
inaugurado, nosso desafio é seguir avançando sem embates, sem acirrar
polarizações, com respeito e numa construção interna positiva. Tenho a sincera
esperança de que nossa condução participativa, respeitosa, compreendendo as
diferenças e buscando pontos de união se reflita em nossas ruas, casas e locais
de trabalho. É hora encerrarmos essa polarização raivosa para abraçarmos o
sadio e necessário debate de ideias, tal como deu exemplo esta Câmara dos
Deputados ao longo do ano de 2023”.
Fonte:
Cada Minuto.
1 Comentários
Subestimar uma cobra dessas seria burrice, cobra não taturana. Uma bandido no poder
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