O
dado do ano passado, divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Tesouro,
representa um déficit de 2,1% do PIB.
O
governo central, composto por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência
Social, registrou em 2023 o segundo pior déficit primário da série histórica,
sob o peso da quitação de precatórios.
No
ano passado, o déficit primário chegou a R$ 230,5 bilhões, o que representa um
déficit de 2,1% do PIB e marca o retorno das contas federais ao vermelho após
um dado positivo pontual em 2022.
Somente
em dezembro, de acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira pelo
Tesouro, o saldo negativo foi recorde em R$ 116,1 bilhões.
O
saldo final do ano passado é o segundo pior da série histórica iniciada em
1997, melhor apenas que o dado de 2020, quando o governo teve rombo de R$ 940
bilhões em valores corrigidos em meio a enfrentamento da pandemia de Covid-19.
O dado
do ano foi fortemente impactado pela liberação em dezembro de R$ 92 bilhões em
precatórios após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que o teto criado
pelo governo do então presidente Jair Bolsonaro para esses pagamentos era
inconstitucional, autorizando o pagamento do estoque acumulado sem afetar o
limite de despesas públicas.
De
acordo com o Tesouro, se a regularização das sentenças judiciais não tivesse
ocorrido, o resultado de dezembro seria um déficit de R$ 23,8 bilhões em
dezembro, totalizando um saldo negativo de R$ 138,1 bilhões no acumulado do
ano.
Em
2023, a receita líquida do governo central, que desconta transferências a
Estados e municípios, subiu 2,2% acima da inflação sobre 2022, a 1,899 trilhão
de reais.
Já
as despesas totais tiveram alta de 12,5%, a 2,130 trilhões de reais.
Ao
propor o novo arcabouço para as contas públicas no ano passado, a equipe
econômica chegou a afirmar que buscaria um déficit primário de 0,5% do PIB em
2023. O plano mudou diante do atraso na tramitação de medidas arrecadatórias no
Congresso Nacional, o que levou o Ministério da Fazenda a retomar o plano de
buscar um déficit de 1% do PIB no ano.
Fonte:
Forbes
2 Comentários
Cabe lembrar que o presidente Lula trabalho com orçamento do ano anterior quando o Bozo ainda era presidente,ou seja, assumindo dívida anteriores.
ResponderEliminarInclusive entra nessa conta, o acumulado dos precatorios não pagos durante o governo de Bozonaro
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