Aeronave
da Japan Airlines bateu na pista de pouso em avião da Guarda Costeira, que
levaria ajuda a região atingida por terremoto. Cinco tripulantes da aeronave da
Guarda Costeira morreram, e piloto está em estado grave. Cia área disse que
piloto seguiu instruções da torre de comando.
Sua
mente voltou-se para o reencontro com sua esposa Mika enquanto as rodas do
avião derrapavam na pista, antes de ele ser sacudido por um barulho e um
estrondo e então se virasse para ver o motor pegando fogo do lado de fora de
sua janela.
Yamake
era um dos 367 passageiros do avião da Japan Airlines que se chocou nesta
terça-feira (2) com uma aeronave da Guarda Costeira que estava parada na pista
ao pousar no aeroporto internacional de Haneda, no Japão.
A
colisão gerou uma explosão instantânea em ambos os aviões. Na aeronave da
Guarda Costeira, cinco dos seis tripulantes morreram - apenas o piloto
conseguiu escapar e foi internada em estado grave.
Logo
após a explosão - gravada por passageiros de dentro do avião - a cabine da
aeronave começou a se encher rapidamente de fumaça enquanto alguns passageiros
ansiosos corriam para cima e para baixo nos corredores e outros se agarravam a
crianças gritando.
“Por
favor, tire-me daqui”, gritou uma mulher em um vídeo compartilhado com a
Reuters de dentro do avião. “Por que você simplesmente não abre (as portas)?”,
gritou uma criança.
“Eu
realmente pensei que fosse morrer”, disse Tsubasa Sawada, 28 anos, morador de
Tóquio, que voltava de férias em Sapporo com sua namorada.
“Eu
estava rindo um pouco no início quando vi algumas faíscas saindo (do motor),
mas quando o incêndio começou, percebi que era mais do que apenas algo.”
Sawada
disse que cerca de 10 minutos depois de desembarcarem, houve uma explosão no
avião.
“Só
posso dizer que foi um milagre, poderíamos ter morrido se demorasse um pouco
mais”, disse ele.
Retirada
de passageiros
Os
comissários de bordo pediram às pessoas que permanecessem calmas, dizendo “por
favor, cooperem”, de acordo com o vídeo compartilhado com a Reuters.
"A
tripulação de cabine deve ter feito um excelente trabalho. Não parece haver
nenhuma bagagem de mão. Foi um milagre que todos os passageiros tenham
desembarcado", disse Paul Hayes, diretor de segurança aérea da consultoria
de aviação Ascend, com sede no Reino Unido.
Um
funcionário do Ministério dos Transportes japonês disse em entrevista coletiva
que os procedimentos de evacuação da companhia aérea foram “conduzidos de forma
adequada”.
Do
lado de fora, 115 unidades de combate a incêndio foram enviadas ao local para
combater um incêndio que começou na parte traseira do avião e acabou envolvendo
toda a aeronave em uma bola de chamas.
Satoshi
Yamake, que estava sentado perto da frente, disse que, apesar de alguns
passageiros estarem muito ansiosos, a tripulação rapidamente acionou as rampas
de evacuação, e as pessoas começaram a desembarcar de forma ordenada.
A
companhia aérea disse que a evacuação começou quase imediatamente após a
paralisação do avião e que todos os passageiros foram levados para um local
seguro em menos de 20 minutos.
A colisão
ocorre apenas um dia depois de um terremoto de 7,6 atingir a costa oeste do
Japão, matando 48 pessoas e gerando alertas de "grandes tsunamis". O
episódio reacendeu no país o trauma pela tragédia do acidente nuclear de
Fukushima em 2011, causado após um terremoto e tsunami atingirem o país (leia
mais abaixo).
Segundo
a Guarda Costeira, sua aeronave que colidiu com a da Japan Airlines estava na
pista para decolar em direção à base militar de Niigata, na costa oeste do
país, para levar ajuda às cidades atingidas pelo terremoto.
O
tremor gerou cerca de 50 réplicas ao longo da região de Ishikawa, no oeste do
Japão, e alertas por tsunamis com ondas de até 5 metros. Os alertas duraram
quase 24 horas e foram retirados na manhã desta terça, mas equipes ainda fazem
buscas nas cidades atingidas.
Já a
aeronave da Japan Airlines era um voo comercial que chegava de Hokkaido, no
norte, segundo a companhia.
Causas
Autoridades
ainda não haviam informado, até a última atualização desta notícia, por que os
dois aviões estivessem na mesma pista ao mesmo tempo.
A
Japan Airlines alegou que o piloto seguiu as instruções da torre de comando
para o pouso.
A
companhia disse também que o sistema de comunicação com os passageiros não
funcionou após a explosão, mas afirmou que a retirada dos passageiros conseguiu
ser realizada mesmo assim.
O
gabinete do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que o premiê estava
reunindo informações sobre o que falhou para provocar o choque entre as
aeronaves.
O
aeroporto de Haneda, um dos dois aeroportos internacionais de Tóquio e um dos
mais movimentados do Japão, informou que todos os pousos e decolagem foram
cancelados após a colisão.
Fonte:
G1
0 Comentários