Cruzeiro
e atacante natural de Piranhas – AL, conversam desde o ano passado em busca de
solução sobre contrato que vai até o fim de 2024.
Depois
de três meses de ser afastado dos jogos do Cruzeiro, o atacante alagoano
natural de Piranhas, Sertão, Gilberto se pronunciou sobre a temporada passada,
apontando motivos da má fase que viveu no time mineiro. O atacante confirmou
que tenta chegar a um acordo com o clube mineiro, visto que não ser aproveitado
pelo técnico Nicolás Larcamón.
- Eu
vinha de duas temporadas no futebol dos Emirados Árabes, onde os níveis de
exigência e competitividade são bem diferentes dos daqui do Brasil, que é
talvez o campeonato mais difícil do mundo. Vim sabendo exatamente o tamanho da
dificuldade, da minha responsabilidade (...) Desde o primeiro momento em que
cheguei me entreguei em cada treino, em cada jogo, sem me omitir jamais, fosse
nos momentos bons ou nos ruins. Mas a cada dia ficava mais evidente que
fisicamente eu estava abaixo do que precisava pra render o meu melhor.
Gilberto
afirmou que, desde o começo da passagem pelo Cruzeiro, não atuou com a melhor
condição física. Segundo ele, etapas foram queimadas durante toda a temporada.
-
Sou um atacante de perfil combativo, de enfrentamento, de entrega, e pra
corresponder às expectativas da torcida, da diretoria, e minhas também,
precisava estar na plenitude da forma física, coisa que não consegui durante
toda a temporada. Não quero aqui transferir responsabilidade pra ninguém. Sei
das minhas. E se entrei em campo sem as melhores condições, sem fazer uma
pré-temporada adequada, foi porque eu também concordei. Tanto o clube, quanto
eu, queimamos algumas etapas pra iniciar logo nas partidas, e isso acabou me
cobrando um preço ao longo do resto do ano.
Gilberto
foi afastado no começo de outubro pelo Cruzeiro, após um longo período sem gols
e se desgastar com a torcida cruzeirense, após o empate por 1 a 1 com o
Corinthians, no Mineirão, quando perdeu a bola que gerou o empate do time
paulista. O atacante disse que aceitou o afastamento e que resolve o futuro do
seu contrato, que vai até o fim de 2024.
-
Quando o clube resolveu por me afastar, acatei respeitosamente, cumprindo os
horários determinados e sem criar qualquer tipo de problema, até porque
entendia que o momento do Cruzeiro(...) Lamento muito que não tenha sido
possível, e tenham certeza que me cobro muito por isso. Ainda não tenho uma
definição sobre meu futuro. Tenho mais um ano de contrato com o Cruzeiro, e
aguardo o melhor entendimento entre o clube e meus representantes pra seguir
com meu trabalho da forma como sempre fiz: com amor, entrega, e defendendo com
a vida a camisa que eu vier a vestir.
Gilberto
chegou ao Cruzeiro em 20 de janeiro do ano passado. Veio do Al Wasl, dos
Emirados Árabes. Contratado para ser o camisa 9 e artilheiro do time em 2023, o
atacante marcou seis gols em 32 jogos, com uma assistência.
Negociação
para rescisão
Segundo
o ge publicou em dezembro do ano passado, Cruzeiro e Gilberto estão conversando
por uma rescisão antecipada. Segundo apuração, a conversa é para um “acordo de
cavalheiros”, com a rescisão antecipada e sem necessidade de custos extras para
ambas as partes. O entendimento é mútuo que o “casamento” não deu certo e que é
necessário seguir em frente.
Gilberto
ainda busca um novo clube para selar o tema com o Cruzeiro. O brasileiro
recebeu consulta do Shimizu S-Pulse, quarto colocado da Segunda Divisão do
Japão, e também de clubes brasileiros desde que foi afastado. Mas ainda não
teve desfecho definido. O diretor de futebol da Raposa comentou sobre a
situação do jogador.
O
ataque é um dos pontos de atenção do clube na janela de transferências. No ano,
Gilberto participou de 32 jogos, com seis gols marcados e uma assistência.
Viveu no clube o maior jejum da carreira.
Gilberto
gostou de morar em Belo Horizonte com a família, mas acumulou desgaste com a
torcida pela falta de gols e atuações que não agradaram. Havia grande
expectativa sobre o atacante, interna e externamente, mas o Cruzeiro acabou não
tendo o retorno esportivo tão desejado.
Confira
o comunicado de Gilberto:
Com
o fim da temporada passada, e prestes a iniciar uma nova, senti necessidade de
dizer algumas palavras sobre como foi o meu ano de 2023.
Cheguei
ao Cruzeiro no final de janeiro com o campeonato mineiro recém-iniciado, e fiz
minha estreia menos de duas semanas depois, no clássico contra o América-MG,
tendo feito praticamente apenas uma semana de treinos.
Eu
vinha de duas temporadas no futebol dos Emirados Árabes, onde os níveis de
exigência e competitividade são bem diferentes dos daqui do Brasil, que é
talvez o campeonato mais difícil do mundo.
Vim
sabendo exatamente o tamanho da dificuldade, da minha responsabilidade, e
honrado pela confiança de um clube gigante do futebol brasileiro, num momento
tão importante de reconstrução, retornando da série B.
Desde
o primeiro momento em que cheguei me entreguei em cada treino, em cada jogo,
sem me omitir jamais, fosse nos momentos bons ou nos ruins. Mas a cada dia
ficava mais evidente que fisicamente eu estava abaixo do que precisava pra
render o meu melhor.
Sou
um atacante de perfil combativo, de enfrentamento, de entrega, e pra
corresponder às expectativas da torcida, da diretoria, e minhas também,
precisava estar na plenitude da forma física, coisa que não consegui durante
toda a temporada.
Não
quero aqui transferir responsabilidade pra ninguém. Sei das minhas. E se entrei
em campo sem as melhores condições, sem fazer uma pré-temporada adequada, foi
porque eu também concordei. Tanto o clube, quanto eu, queimamos algumas etapas
pra iniciar logo nas partidas, e isso acabou me cobrando um preço ao longo do
resto do ano.
Quero
deixar claro também que tanto eu, quanto os profissionais do clube, fizemos o
possível pra remediar essa falta de preparação no decorrer da temporada, mas
infelizmente não obtivemos um resultado satisfatório.
Quando
o clube resolveu por me afastar, acatei respeitosamente, cumprindo os horários
determinados e sem criar qualquer tipo de problema, até porque entendia que o
momento do Cruzeiro era mais importante que qualquer questão pessoal minha, e
segui trabalhando e torcendo por um desfecho positivo pra instituição e meus
companheiros de equipe.
Agradeço
demais o carinho que recebi desde minha chegada, de funcionários do clube e
torcida, e até as críticas construtivas que recebi, de gente que certamente
torcia pra que eu revertesse a situação e entregasse o que todos esperávamos.
Lamento muito que não tenha sido possível, e tenham certeza que me cobro muito
por isso.
Ainda
não tenho uma definição sobre meu futuro. Tenho mais um ano de contrato com o
Cruzeiro, e aguardo o melhor entendimento entre o clube e meus representantes
pra seguir com meu trabalho da forma como sempre fiz: com amor, entrega, e
defendendo com a vida a camisa que eu vier a vestir.
Mas
com uma única certeza: a de que 2024 vai ser muito melhor que o ano que passou.
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