Crime ocorreu no dia 20 de janeiro de 2023 no Bairro Ponto Chique 2. Casal tinha três filhos, ao final do júri famílias trocaram farpas e houve ameaças.

Nesta quarta-feira, 10, o Tribunal de Justiça de Alagoas por meio da Comarca de Delmiro Gouveia realizou o júri popular do jovem Marcos Paulo, responsável pela morte de Adeilza Silva Oliveira, assassinada com requintes de crueldade no dia 20 de janeiro no Bairro Ponto Chique II em Delmiro Gouveia no Alto Sertão de Alagoas.

Durante o júri, familiares de Adeilza Silva e Marcos Paulo foram ouvidos. O pai dele, alegou que o filho era rotineiramente agredido pela companheira, em alguns momentos, o magistrado chegou a questionar o pai o motivo dele não ter denunciado o caso. O pai continuou dizendo que o filho era vítima de violências.

Já a família de Adeilza negou as afirmações, uma prima testemunhou e contou detalhes do fatídico dia. “Ele chegou em casa embriagado, entrou sem autorização e pegou o celular dela e a levou para o local onde foi morta.” Contou.

Marcos Paulo que negava o crime, à frente do magistrado confessou o crime e revelou o motivo. “Eu a matei por ciúmes, primeiro ela puxou um punhal para mim e eu conseguir retirar dela, mas não o utilizei, eu apenas bati com uma pedra.” Disse.

O Ministério Público rebateu a afirmação e disse que o laudo cadavérico apontou que a jovem foi assassinada e teve uma perfuração no pescoço.

Após embate da acusação e defesa, o conselho de sentença acompanhou o Ministério Público que pediu a condenação. O magistrado então julgou em 25 anos de prisão de início em regime fechado.

Após, o resultado da condenação e fim do júri, familiares de Marcos Paulo ameaçaram familiares de Adeilza, já que eles estavam comemorando à frente do fórum. “Deixe eles comemorarem, vai cair um por um na bala.” Disse um dos responsáveis pela ameaça, segundo a mãe de Adeilza.

Diante das ameaças, os familiares registram um boletim de ocorrência no Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) de Delmiro Gouveia.