Nesta
quinta-feira, 21, foi deflagrada a Operação Lágrimas de Sal, voltada para
apurar crimes ambientais cometidos em decorrência da exploração de sal-gema em
Maceió.
A
Polícia Federal de Alagoas realizou uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira
(21) para comentar sobre a Operação Lágrimas de Sal, voltada para apurar crimes
ambientais cometidos em decorrência da exploração de sal-gema em Maceió. No
entanto, poucas informações foram repassadas, visto que o processo corre em
segredo de justiça.
Segundo
a superintendente da Polícia Federal, Luciana Paiva, dois delegados estão à
frente, bem como peritos com experiência em Brumadinho e Mariana, uma vez que
se tratam de crimes complexos que demandam uma atenção especial por parte do
Estado.
“Desde
abril, quando o Dr. Marcelo assumiu a presidência do inquérito, realizamos
reuniões com a Defesa Civil, o Instituto do Meio Ambiente, entre outros;
fizemos sobrevoos na região com o apoio da PM e visitas no local, incluindo os
bairros afetados”, destacou Luciana.
De
acordo as investigações, foram apurados indícios de que as atividades de
mineração desenvolvidas no local não seguiram os parâmetros de segurança
previstos na literatura científica e nos respectivos planos de lavra, que
visavam garantir a estabilidade das minas e a segurança da população que
residia na superfície.
Além
disso, foram identificados indícios de apresentação de dados falsos e omissão
de informações relevantes aos órgãos públicos responsáveis pela fiscalização da
atividade, permitindo assim a continuidade dos trabalhos, mesmo quando já
presentes problemas de estabilidade das cavidades de sal e sinais de
subsidência do solo acima das minas.
A
superintendente afirmou que a operação de hoje é consequência de investigações
cuja intensidade aumentou desde que assumiu o cargo de superintendente.
"Não se trata de um fato isolado".
O
delegado Marcelo Pessoa, que também estava presente na coletiva, disse que o
inquérito tramita desde 2019 e que, desde abril deste ano, essa operação tem o
objetivo de compreender o que ocorreu na empresa e elucidar algumas informações
que foram omitidas.
“A
documentação apreendida e as ligações serão analisadas para, posteriormente,
utilizarmos como base para fundamentar as conclusões”, disse.
Na
operação de hoje, conforme informou a superintendente, houve alvos tanto de
pessoas físicas quanto jurídicas.
Em
nota enviada ao Cada Minuto, a Braskem informa que está acompanhando a operação
da PF nesta manhã e informa que está à disposição das autoridades.
Veja
a nota na íntegra:
“A
Braskem está acompanhando a operação da PF nesta manhã e informa que está à
disposição das autoridades, como sempre atuou. Todas as informações serão
prestadas no transcorrer do processo”
0 Comentários