Ainda
de acordo com o governador, o presidente Lula garantiu que também irá se reunir
para tratar do desastre ambiental da Braskem assim que ele retornar da COP 28.
O
governador de Alagoas, Paulo Dantas, se reúne, nesta terça-feira (05), com o
vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, para debater a situação das
minas da Braskem em Maceió.
O
encontro acontece no Palácio do Planalto, em Brasília, e serve para que, de
fato, o Governo Federal esteja preparado para ajudar Alagoas em caso de
necessidade. Ainda de acordo com o governador, o presidente Lula garantiu que
também irá se reunir para tratar do desastre ambiental da Braskem assim que ele
retornar da COP 28.
Situação
dos Flexais
O
governador também anunciou que vai tratar especificamente da situação dos
moradores do Bom Parto, Flexais e Marquês de Abrantes, que estão em risco iminente
do colapso do solo, devido à mineração da Braskem. O problema será levado à
Presidência da República, Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e
Tribunal de Contas da União (TCU).
Também
será encaminhado o acordo entre Prefeitura de Maceió e a mineradora, que não
teria beneficiado as vítimas. Paulo solicitará ainda a instalação da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a empresa. As decisões foram
tomadas em encontro com os moradores dos bairros, nesta segunda-feira (4), no
Palácio República dos Palmares.
Responsabilização
A
reunião desta terça foi agendada com o auxílio do ministro dos Transportes,
Renan Filho. “Houve um alerta para todos os poderes, o Poder Judiciário, o
Poder Executivo, Municipal, Estadual e Federal, o Ministério Público também
está atuando, e a gente está aqui hoje para reunir todas essas informações,
remeter ao Governo Federal, verificar quais são as principais providências. O
importante a dizer às pessoas é que a área de influência dessa catástrofe foi
evacuada. Algumas pessoas ainda estavam por lá, e por decisão judicial, tiveram
que ser retiradas, mesmo que agora a contra gosto, e isso é fundamental porque
o mais importante nesse momento é preservar vidas”, afirmou.
“O
cidadão alagoano, maceioense, tenha certeza que aquela área no Mutange não pode
ter nem tráfego de pessoas. Inclusive as pessoas que estavam trabalhando já
saíram”, alertou. O ministro pontuou ainda que é preciso ter uma solução definitiva
para o problema, e que é necessário aproveitar esse momento para verificar como
está o trabalho da Braskem. Se precisa, por exemplo, intensificar os esforços
para concluir logo o que está sendo feito, porque o movimento de terra vem
gerando uma instabilidade muito grande.
“O
importante é que tem sim que cobrar a empresa, tem que cobrar a
responsabilização. É por isso que, desde lá atrás, quando eu fui governador, eu
não topei fazer acordo com a Braskem, nem acordo organizado pelo Ministério
Público ou pela Justiça. Ao contrário, entramos na Justiça contra a empresa,
que tentou ser vendida no meio desse imbróglio todo. É óbvio que uma empresa
como essa não pode ser vendida sem dar solução a Maceió e a Alagoas. Não cabe
fazer acordo antes da identificação de todos os eventuais danos. Isso tudo
precisa ser dito e a empresa Braskem precisa ser responsabilizada. É por isso,
inclusive, que lá no Senado Federal, nós colhemos 40 assinaturas de senadores
para fazer uma investigação profunda, porque todo mundo se lembra como foi esse
fato por aqui. Primeiro a empresa negou, depois disse que era um poço da Casal,
depois negou os dados que foram levantados pela CPRM e assim, no final, assinou
um acordo aqui. Mas o Estado de Alagoas não topou assinar com a empresa, não
aceitou receber a indenização, porque: como receber a indenização se a gente
sequer sabe o impacto?”.
“Por
isso, o presidente da República pediu para que eu liderasse essa missão em
Alagoas, para que a gente informasse ao Governo Federal, a fim de que todas as
providências sejam tomadas para, com essa estabilização, a gente garanta o
menor risco possível a todas as pessoas”.
Fonte:
Cada Minuto.
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