Em
julho, o religioso brasileiro enviou seis perguntas relacionadas às pessoas
LGBTQIA+ para o departamento Dicastério da Doutrina da Fé.
Em
resposta ao bispo brasileiro José Negri, da Diocese de Santo Amaro (SP), o
Vaticano decidiu que a igreja católica deve permitir que pessoas transexuais
sejam batizadas e apadrinhem pessoas em batismos na denominação. Em julho, o
religioso brasileiro enviou seis perguntas relacionadas às pessoas LGBTQIA+
para o departamento Dicastério da Doutrina da Fé.
As
respostas para os questionamentos foram assinadas pelo chefe do departamento, o
cardeal argentino Víctor Manuel Fernández, e aprovadas pelo Papa Francisco, em
31 de outubro. Segundo o Vaticano, pessoas trans podem receber o batismo “se
não houver situações em que haja risco de gerar escândalo público ou
desorientação entre os fiéis”.
Veja
as perguntas do bispo brasileiro e as respostas do Vaticano:
• Uma pessoa transexual pode ser batizada?
Um
transexual – que também passou por tratamento hormonal e cirurgia de
redesignação sexual – pode receber o batismo, nas mesmas condições dos demais
fiéis, se não houver situações em que haja risco de gerar escândalo público ou
desorientação entre os fiéis. No caso de crianças ou adolescentes, se bem preparados
e dispostos, podem receber o batismo.
• Uma pessoa transgênero pode ser padrinho
ou madrinha no batismo?
Sob
certas condições, pode-se ser admitido no papel de padrinho ou madrinha a
pessoa transexual adulta que também passou por tratamento hormonal e cirurgia
de redesignação sexual. Contudo, como esta tarefa não constitui um direito, a
prudência pastoral exige que não seja permitido se houver risco de escândalo,
de legitimação indevida ou desorientação no campo educativo da comunidade
eclesial.
• Uma pessoa transgênero pode ser testemunha
de um casamento?
Não
há nada na atual legislação canônica universal que proíba alguém pessoa
transexual para testemunhar um casamento.
• Casal homossexual que adotou criança ou
teve filho por meio de “barriga solidária” pode batizar a criança na igreja
católica?
Para
que a criança seja batizada deve haver uma esperança bem fundamentada de que
ela será educada na religião católica.
• Uma pessoa homoafetiva que mora junto pode
ser padrinho de uma pessoa batizada?
Para
ser padrinho, a pessoa deve levar uma vida em conformidade com a fé. Em
qualquer caso, a devida prudência pastoral exige que cada situação seja tratada
com sabedoria cuidadosamente, para salvaguardar o sacramento do batismo e
sobretudo a sua recepção, que é bem precioso a ser protegido.
• Uma pessoa homossexual que mora junto pode
ser testemunha de um casamento?
Não
há nada na atual legislação canônica universal que proíba alguém que aceita ser
testemunha de um casamento.
Fonte:
Correio Braziliense.
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