Entre as 12 pessoas liberadas pelo grupo terrorista estão dois estrangeiros e dez israelenses, incluindo um menor de idade.


Um quinto grupo de reféns que estava sendo mantido pelo Hamas na Faixa de Gaza foi solto nesta terça-feira (28), segundo a Cruz Vermelha. Em troca, 30 palestinos detidos por Israel (15 homens e 15 mulheres) foram libertados de prisões israelenses.

Os reféns libertados de Gaza consistem em 12 pessoas, incluindo 10 israelenses, um menor e nove mulheres, postou Majed Al Ansari, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, na plataforma de mensagens X.

Além de dois estrangeiros tailandeses, Ansari especificou que algumas das reféns israelenses libertadas têm dupla nacionalidade: duas argentinas, uma austríaca e uma filipina.

As Brigadas Al Quds, o braço armado do movimento Jihad Islâmica Palestina, disseram em sua conta no Telegram na terça-feira que entregaram “alguns detidos civis” como parte de um acordo de troca com Israel.

Extensão da trégua

Esta foi a quinta turma de reféns libertados graças ao acordo entre Israel e Hamas -- a primeira após a extensão da trégua, que inicialmente previa a troca de quatro grupos de prisioneiros. O acordo, que expiraria na madrugada de terça-feira (28), foi prorrogado por mais dois dias.

O texto inicial previa um cessar-fogo temporário de quatro dias, que começou na sexta-feira (24). O Hamas se comprometeu a libertar cerca de 50 reféns. Por outro lado, Israel concordou em soltar 150 palestinos presos no país.

O governo de Israel afirmou que poderia prolongar a trégua em um dia para cada 10 reféns adicionais libertados pelo Hamas.

No sábado (25), o jornal israelense Haaretz declarou que o Hamas encontrou de 10 a 20 reféns adicionais que podem, potencialmente, serem soltos. Caso o cenário se concretize, a expectativa é que a trégua dure até quarta-feira (29).

Em 7 de outubro, homens armados do grupo terrorista Hamas atravessaram a cerca da fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel, mataram 1.200 pessoas e capturaram cerca de 240 pessoas, de acordo com os israelenses.

Nesse mesmo dia, Israel declarou guerra ao Hamas e começou a atacar a Faixa de Gaza. Cerca de 13 mil habitantes de Gaza foram mortos pelos bombardeios israelenses, cerca de 40% deles crianças, segundo autoridades de saúde palestinas, ligadas ao Hamas (esses números não foram checados por alguma entidade independente).

Os serviços de saúde palestinos disseram que tem sido cada vez mais difícil manter uma contagem atualizada, pois o serviço de saúde tem sido prejudicado pelos bombardeios israelenses.

Antes do cessar-fogo de sexta-feira (24), os combates estavam ainda mais intensos do que o normal. Jatos israelenses atingiram mais de 300 alvos, e tropas estavam envolvidas em combates ao redor de Jabalia, ao norte da Cidade de Gaza.

Um porta-voz do exército disse que as operações continuariam até que as tropas recebessem a ordem de parar. Do outro lado da cerca da fronteira em Israel, nuvens de fumaça podiam ser vistas pairando sobre a zona de guerra do norte de Gaza, acompanhadas por sons de tiros pesados e explosões estrondosas.

Israel diz que os combatentes do Hamas usam edifícios residenciais e outros prédios civis, inclusive hospitais, como cobertura. O Hamas nega.