Ação aconteceu na noite deste terça-feira (10) e chegou a interditar completamente a rodovia. Policiais dizem que foram atacados por criminosos.


Uma troca de tiros entre milicianos e policiais rodoviários federais, que patrulham a BR-495, levou pânico aos motoristas que trafegam pela região, na altura de Seropédica.

Após o confronto, um carro pegou fogo e toda a ação chegou a interromper completamente a rodovia, de acordo com a EcorioMinas, a concessionária que administra o trecho.

O veículo que pegou fogo seria usado por Tauã de Oliveira Francisco, conhecido como Tubarão, chefe de uma milícia que atua em Seropédica e parte de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Tubarão é aliado do TCP, do chamado Complexo de Israel, e uma bandeira do país foi encontrada na bandoleira do fuzil apreendido pela PRF no local.

Um homem identificado como Lucas Diniz Barros, apontado como um dos comparsas de Tubarão, e com diversas passagens na polícia, foi atingido. Dois fuzis e carregadores com munições foram apreendidos.

Outros bandidos envolvidos no tiroteio conseguiram fugir, mas não se sabe se Tubarão estava entre eles, apenas que era o carro utilizado com frequência por ele.

Um pouco antes das 19h30, uma faixa foi liberada da rodovia foi liberada e os motoristas voltaram a trafegar.

Quem é Tauã Tubarão?

Tauã de Oliveira Francisco, de 25 anos, é conhecido como Tubarão e considerado o atual chefe de uma milícia que atua em Seropédica e parte de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Era integrante da milícia de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, até dezembro de 2022. Foi autuado dentro de um carro roubado no Recreio dos Bandeirantes, também na Zona Oeste. Na casa de Tauã, foi encontrado fardamento militar.

A ação foi efetuada por policiais da 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar Especializada na Investigação de Narcomilícia e Crimes Complexos, ligada à Corregedoria da Polícia Militar. No entanto, os policiais não fizeram o auto de prisão em flagrante, porque não conseguiram determinar se o veículo, um Hyundai Creta branca, era de fato roubado.

O veículo foi levado para ser periciado na Delegacia de Repressão a Furtos de Automóveis (DRFA) e Tauã foi liberado.

Semanas depois, Tauã foi até o KM 32 da antiga Estrada Rio-São Paulo, dominada pela milícia de Zinho, e tomou parte do território em Nova Iguaçu. Milicianos rivais foram mortos pela quadrilha de Tubarão.

A partir daí, segundo a polícia, aumentaram os confrontos na região entre as milícias de Zinho e Tubarão, que contou com a ajuda de traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP) em alguns embates contra o antigo chefe.

Tauã também é investigado por envolvimento em ataques a motoristas de van em Campo Grande. A Polícia Civil também investiga a informação de que, em abril de 2023, ele exigiu que todos os carros andassem com vidros abaixados na região.

Nos áudios investigados, atribuídos a Tubarão, ele diz que a pena seria de "levar bala" se a ordem não fosse cumprida.

Fonte: G1