Versão
original do armamento é capaz de atravessar alguns tipos de blindagem e
derrubar aeronaves. Equipamento ainda vai ser analisado. Ação desta terça (10)
se concentra na Vila do João e na Vila dos Pinheiros, comunidades da Maré
dominadas pelo Terceiro Comando Puro.
Equipes
das forças de segurança que estão no Complexo da Maré, fazendo operação em
áreas do Terceiro Comando Puro, nesta terça-feira (10), apreenderam uma réplica
de metralhadora calibre .50.
A
versão original do armamento possui tiro de alta precisão e é capaz de
atravessar alguns tipos de blindagem e derrubar aeronaves.
O
artefato apreendido vai ser enviado para análise. O objetivo é saber se a arma
tem poder de fogo - ainda que menor - , como uma arma de airsoft que usa
munição real, ou se ela seria apenas para intimidar visualmente.
Além
desta réplica, a polícia também encontrou:
dois
fuzis;
uma
espingarda calibre 12;
60
veículos recuperados;
2
galpões de veículos clonados estourados;
uma
plantação de skunk num imóvel na Vila do João;
uma
estufa de maconha em um imóvel na Vila do Pinheiro.
Cerca
de mil homens das polícias Civil e Militar foram para comunidades da Maré
dominadas pelo TCP, facção criminosa responsável por criar um centro de
treinamento de criminosos naquela região, como mostrou o Fantástico. A operação
acontece em 8 localidades, entre elas a Vila do João e a Vila dos Pinheiros,
com 54 mandados de prisão a cumprir. Até a última atualização desta reportagem,
dois homens tinham sido presos.
Vazamento
de informações é investigado
Para
o delegado Fabrício Oliveira, coordenador da Core, unidade de operações
policiais especiais da Polícia Civil, a operação desta terça foi marcada pela
retomada de território, recuperação de veículos e prejuízo para os criminosos.
“Sabemos
que aquela região costuma receber a polícia com muita violência e tática de
guerrilha, mas isso hoje foi diferente. Hoje demos um prejuízo de R$ 18 milhões
e 98 veículos recuperados. Além disso, retiramos barricadas e devolvemos o
complexo esportivo a população”, disse.
Oliveira,
no entanto, informou que as delegacias especializadas vão investigar se houve
vazamento de informações na Maré e por isso criminosos teriam se movimentado.
“O
criminoso que é procurado tenta se movimentar e esconder. A operação é
importante para a presença de policiais no local, remoção de barricadas,
recuperação de veículos e resgatar o direito da polução de ir e vi. Muitas
vezes os serviços de emergência têm dificuldade de acessar esses locais. Os
criminosos serão capturados mais cedo ou mais tarde”, enfatizou o delegado.
Ponto
30 apreendida recentemente
No
início do mês, no dia 3 de outubro, agentes do Batalhão de Operações Especiais
(Bope) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) apreenderam uma
metralhadora .30 - arma usada em zonas de guerra, com alcance de 3 mil metros e
200 tiros por minuto -, durante operação no Complexo de São Carlos e no Morro
da Coroa, na região Central do Rio.
Fonte: G1 RJ
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