Rio Negro continua descendo na capital. Seca severa atinge 60 dos 62 municípios do Amazonas.


Manaus registra a terceira maior seca da história da capital, nesta sexta-feira (13). Com o Rio Negro em 13,91 metros, a cidade está a 28 centímetros da vazante histórica, registrada em 2010, quando o rio chegou a descer para 13,63 metros.

A capital é uma das 60 cidades do Amazonas afetadas pela seca severa deste ano. Apenas dois municípios do estado estão em normalidade: Presidente Figueiredo e Apuí.

A caminho da maior vazante da história da capital, com cota desta sexta, o Rio Negro atinge a terceira maior seca da cidade desde 1902, ano em que começou o monitoramento no Porto de Manaus, onde uma régua mede o nível das águas diariamente.

Veja o ranking das secas na capital, conforme dados do Porto de Manaus:

1.     13,63 (2010)

2.     13,64 (1963)

3.     14,2(1906)

4.     14,34 (1997)

5.     14,42 (1916)

6.     14,54 (1926)

7.     14,74 (1958)

8.     14,75 (2005)

9.     14,97 (1936)

10.   15,03 (1998)

11.   15,04 (1909)

12.   15,06 (1995)

13.   15,62 (1915)

14.   15,69 (1948

15.   15,74 (1950)

16.   15,86 (2009)

17.   15,92 (2015)

18.   15,96 (1961 e 2012)

Manaus em emergência

A seca do Rio Negro fez Manaus decretar situação de emergência, no dia 28 de setembro deste ano. Com a vazante, lagos e igarapés que cortam a cidade estão secando. Segundo a prefeitura, a estiagem afeta comunidades ribeirinhas, que sofrem com falta de alimentos e de água potável.

Seca no Amazonas

Até o momento, 42 municípios do Amazonas estão em situação de emergência, 18 cidades de alerta, 0 em atenção e 2 em normalidade.

Segundo a Defesa Civil estadual, Presidente Figueiredo e Apuí são os únicos municípios que continuam sem problemas de acesso, por isso, não entram para a lista de atingidos pela estiagem.

Em todo o estado, 273 mil pessoas, de 68 mil famílias, estão sendo afetadas pela vazante.