Quatro
armas levadas do quartel em Barueri (SP) ainda não foram recuperadas. Fora dos
quartéis, elas aparecem em grandes crimes registrados pelo país.
O
Fantástico repercutiu o furto de 21 metralhadoras de altíssimo poder de fogo
que foram levadas de um quartel do exército, em São Paulo, sem levantar
suspeitas. Neste domingo (22), o comando do Sudeste afirmou que o processo
disciplinar atinge cerca de 20 oficiais, de diversas patentes.
Três
militares estão diretamente envolvidos no crime. Quatro metralhadoras seguem em
poder de criminosos. O Exército diz que elas são inservíveis, ou seja, não tem
mais como serem usadas.
O
especialista da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Dennilson de Oliveira
destaca quais são os riscos da circulação dessas armas para a segurança
pública.
"A
legislação brasileira sobre blindagem é limitada pra aguentar impacto de
munição de pistola, ela não consegue segurar o calibre da Mag, muito menos da
ponto 50. Elas têm a capacidade de abater aeronaves".
Armas
já foram usadas em crimes pelo país
Fora
dos quartéis, essas armas aparecem em grandes crimes registrados pelo país:
Em
São Paulo, com assaltos a carros fortes e empresas de valores;
No
Rio, na guerra do tráfico, com a população no fogo cruzado;
E
pelo restante do Brasil, onde o terror é levado com o novo cangaço.
"As armas nas ruas aumentas insegurança e, sobretudo, a violência. Nós não conseguimos ir para escola, para o trabalho, para um atendimento de saúde e a gente vê o crime organizado e as forças policiais, as forças de segurança se digladiando, cada vez mais armadas, cada vez mais equipadas e aquilo que a gente menos tem é segurança para poder sair, para poder viver", diz o presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Sérgio Lima.
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