Segundo
apuração da CNN, o autor do crime teria compartilhado um áudio no Discord
enquanto realizava o ataque.
A
Polícia Civil de São Paulo tenta localizar quatro participantes da plataforma
Discord que saberiam do ataque e teriam incentivado o aluno que atirou contra
estudantes na Escola Estadual de Sapopemba, em São Paulo, na última
segunda-feira (23). As informações foram confirmadas para a CNN por fontes ligadas
à investigação.
Segundo
apuração da CNN, o jovem teria compartilhado um áudio no Discord enquanto
realizava o ataque. Ele seria membro de uma comunidade que contabiliza pontos
por feitos geralmente relacionados a automutilação e incentivo à prática de crimes.
Antes do ataque à escola, o adolescente já havia “somado” pontos por cortar o
corpo desenhando uma suástica.
A
CNN questionou o Discord sobre o acompanhamento dessas comunidades. A empresa
informou que está “cooperando com as autoridades” sobre esse caso e que possui
“políticas rigorosas contra atividades que promovam violência e ódio”.
Durante
o depoimento, o adolescente confirmou que seria vítima de homofobia e que
queria atacar as pessoas que praticaram bullying contra ele, mas acabou
atacando pessoas aleatórias da escola.
O
pai do jovem ainda não prestou depoimento, mas deve ser ouvido nesta
quarta-feira (25). De acordo com o que informaram fontes da investigação à CNN,
a arma que o adolescente utilizou para matar uma estudante e ferir outras duas eram
do pai dele.
A
Polícia Civil de São Paulo também investiga o vazamento das imagens da escola,
que teriam sido compartilhadas nas redes sociais. Segundo a Secretaria de
Segurança Pública, a Delegacia de Crimes Cibernéticos (DCCIBER), do DEIC,
investiga e tenta identificar o responsável por ter repassado as imagens. Ainda
segundo a SSP, “detalhes não serão passados para não atrapalhar as
investigações”.
Outro
lado
Procurada
pela CNN, a assessoria do Discord no Brasil respondeu em nota:
“Estamos
cientes do trágico ataque que ocorreu na escola em Sapopemba, em São Paulo, e
temos cooperado com as autoridades, assim como fizemos desde o início deste ano
para outras investigações, como na Operação Escola Segura.
Temos
políticas rigorosas contra atividades que promovam violência e ódio, incluindo
“não ameaçar ou prejudicar outro indivíduo ou grupo de pessoas”. Quando tomamos
conhecimento de conteúdo ou comportamento potencialmente prejudiciais,
investigamos e tomamos as devidas medidas, incluindo: remover conteúdo, banir
usuários e desativar servidores. Estamos comprometidos em cooperar com as
autoridades locais para proporcionar um ambiente positivo e seguro para nossos
usuários no Brasil.
É
importante ressaltar que o Discord é amplamente utilizado pelas pessoas para
ter interações positivas e para se reunir com amigos. No Brasil, 99% dos
usuários de Discord não violaram nossas políticas nos últimos 6 meses.”
Fonte:
CNN Brasil.
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