Uma
das mortes é a de Fernanda Valoz, de 27 anos; o caso está sendo investigado
pela DHPP por suspeitas de que ela foi assassinada.
Alagoas registrou, neste ano, 14 mortes por
envenenamento, aponta a Polícia Científica do Estado. O órgão também afirma
que, atualmente, mais 25 casos estão em análise.
Uma
das mortes é a de Fernanda Valoz, de 27 anos. Ela morreu em agosto de 2023 e um
laudo pericial constatou, nessa quarta-feira (27), que a mulher morreu após
ingerir substâncias venenosas. Como as suspeitas são de assassinato, o caso
está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa da
Capital (DHPP).
A
família relata que Fernanda comeu um bombom dado a ela por uma suposta cigana
no Centro de Maceió. Após comer o produto, ela passou mal e descreveu os
sintomas para uma prima. A jovem disse que tinha vomitado, estava com a visão
turva e o corpo mole.
"Ela chegou em casa, ficou mal. No outro dia se
recuperou, mas passou mal de novo. A prima a acompanhou na emergência, mas ela
faleceu depois, na madrugada", contou Bianca Cristina, prima de Fernanda.
Até
então, a morte de Fernanda não estava sendo investigada pela Polícia Civil.
Isso porque, a família relatou uma suspeita de envenenamento após a vítima
passar mal no dia 3 de agosto deste ano, apresentando dores estomacais, vômito,
sangramento no nariz e salivação excessiva.
No
entanto, parentes informaram também que ela sofria de úlcera e gastrite, cujos
sintomas podem ser semelhantes a casos de intoxicação alimentar. Assim, restou
a dúvida se a morte havia sido em decorrência do problema de saúde ou se tinha
sido provocada. Com isso, o óbito de Fernanda foi registrado como morte a
esclarecer e o corpo passou a ser periciado.
O
perito criminal Thalmanny Goulart disse que foram encontradas no organismo de
Fernanda duas substâncias de praguicidas, que são usadas para o controle de
pragas na cultura de milho e feijão. "Muito perigosas, não só para as
pragas que elas combatem, como também no ser humano e animais [em geral]. Elas
têm a capacidade de levar a óbito, sim", disse o perito.
A
Polícia Científica de Alagoas explica que, apenas aponta a presença de
substância considerada venenosa no organismo e se foi ela que provocou a morte
de uma pessoa. Somente a Polícia Civil poderá identificar se a morte foi fruto
de um crime ou não.
No
caso de Fernanda, a DHPP já instaurou inquérito policial. Segundo o delegado
Lucimério Campos, as equipes farão diligências no centro de Maceió para tentar
direcionamentos sobre o caso.
"A
gente quer encontrar a responsável. O intuito da pessoa foi matar", expõe
Bianca Cristina, prima da Fernanda.
Fonte:
Gazeta Web.
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