Em
agosto, a PF passou a trabalhar em conjunto com as polícias Civil e Militar da Bahia
no combate do crescimento de facções criminosas, cumprindo um acordo de
cooperação entre os governos federal e estadual.
Na
Bahia, a população da periferia da capital está assustada. Desde sexta-feira
(15), policiais civis, militares e federais fazem uma operação contra o crime
organizado. Dez pessoas morreram.
A
rotina dos moradores ainda não voltou ao normal no bairro de Valéria. Seis
escolas municipais estão fechadas, deixando sem aula 2,5 mil alunos. Um colégio
da rede estadual abriu, mas alunos e professores não apareceram. Os serviços de
saúde continuam suspensos e os ônibus não trafegam pelas ruas do bairro.
“Está
horrível! A gente tem que se deslocar da nossa casa para aqui e a andada é boa.
Meia hora, 40 minutos, é muita coisa”, diz o auxiliar de serviços gerais Manuel
do Nascimento.
Na
sexta-feira (15), o policial federal Lucas Caribé morreu com um tiro de fuzil,
quando cumpria mandados de prisão contra suspeitos de tráfico de drogas no
bairro de Valéria. Quatro suspeitos que tentaram fugir pela mata também
morreram.
Os
policiais prenderam um suspeito de chefiar o grupo criminoso e apreenderam
armas e munições. Ainda na sexta, 21 agentes especializados em ações de combate
chegaram à capital baiana. A operação continuou e, no fim de semana, mais cinco
suspeitos morreram em confrontos com a polícia.
Em
agosto, a PF passou a trabalhar em conjunto com as polícias Civil e Militar da
Bahia no combate do crescimento de facções criminosas, cumprindo um acordo de
cooperação entre os governos federal e estadual. Hoje, a força tarefa conta com
400 homens. Nos últimos dias, a Polícia Federal reforçou o efetivo em Salvador.
A
Polícia Rodoviária Federal também intensificou o policiamento nas rodovias que
dão acesso à capital baiana e realizam abordagens em bairros de Salvador que
ficam às margens da BR-324.
Nesta
segunda-feira (18), três veículos blindados da Polícia Federal embarcaram em um
navio da Marinha, no Rio de Janeiro, e devem chegar até quinta-feira (21) em
Salvador. Ao todo, serão cinco blindados na operação que não tem data para
terminar.
“A
ideia do blindado é que ele propicie maior segurança às equipes policiais em
ação em terreno no campo, alcançando locais de difícil acesso. Propiciar uma
ação mais segura e mais cirúrgica da equipe policial em benefício tanto equipe
quanto da sociedade que está no local da ação”, diz Flávio Albergaria,
superintendente regional da Polícia Federal na Bahia.
Fonte:
G1
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