Segundo o chefe de operações, o crime foi denunciado pela família durante o velório, quando uma mulher se apresentou como técnica de enfermagem e irmã de Carolaine.


A Polícia Civil de Alagoas confirmou nesta segunda-feira (21) que abriu um inquérito para investigar o crime de vilipêndio ao cadáver de Carolaine Correia dos Santos, conhecida como "Kalica", uma manicure que foi morta por engano em Penedo na semana passada. De acordo com o chefe de operações da Delegacia Regional de Penedo, Welber Cardoso, a mulher que se passou por irmã da vítima e cortou o cabelo de Kalica na funerária antes do velório e sepultamento, já foi identificada.

Segundo o chefe de operações, o crime foi denunciado pela família durante o velório, quando uma mulher se apresentou como técnica de enfermagem e irmã de Carolaine.

"O pai da vítima chegou no local procurando saber sobre o corpo da filha, e foi informado que a ‘irmã’ dela estava preparando o corpo. O pai retrucou e disse a filha não tinha irmã. Foi aquela correria, quando chegaram no local onde estava o cadáver, essa mulher misteriosa não estava mais lá. Foi aí que observaram o corpo da vítima e, para a surpresa de todos, a mulher havia cortado o cabelo da Carolaine", disse o chefe de operações.

A mulher teria aguardado o início da cerimônia de velório, na casa da família da manicure, e ido ao local com os cabelos da vítima nas mãos. "No velório, a mulher se apresentou com uma coroa de flores e com o cabelo da vítima nas mãos. Uma das versões mostra que ela teria dito para a família que se ninguém quisesse o cabelo, ela iria colocar um mega hair no cabelo dela. A outra versão foi de que ela deu o cabelo da vítima para a mãe, para eles não se esquecerem de Carolaine. Houve uma represália da família da Carolaine com essa mulher, inclusive ela teria sido agredida fisicamente. O cabelo foi colocado ao lado do caixão, quando foi enterrado", afirmou o chefe de operações.

A polícia pretende coletar depoimentos das pessoas presentes no velório e dos representantes da funerária responsável pelo corpo de Carolaine antes do sepultamento. Há informações de que a mulher sob suspeita possa ter problemas psíquicos após uma cirurgia bariátrica.

O vilipêndio de cadáveres é considerado um crime contra o respeito aos mortos, previsto no artigo 212 do Código Penal Brasileiro, com pena de um a três anos de detenção e multa.

Fonte: Cada Minuto.