Situação
foi filmada pelos passageiros e exibida em documentário da BBC de 2022.
Em
uma expedição anterior, o submarino Titan – que implodiu no mês passado,
matando os cinco passageiros a bordo – perdeu o controle e começou a girar em
círculos, deixando os passageiros em pânico e presos por horas. A situação foi
relatada em um documentário da BBC de 2022, segundo o portal The Mirror.
Imagens
de dentro do submarino mostram a embarcação girando, a 3,8 km de profundidade,
enquanto o piloto daquela expedição, Scott Griffith, diz: “Temos um problema”.
“Há
algo errado com meus propulsores. Estou empurrando e nada está acontecendo”,
diz Griffith na filmagem.
Os
propulsores teriam sido instalados incorretamente na ocasião, segundo o The
Mirror, o que significa que um propulsor empurrava o submersível para um lado,
e o outro para outro lado, fazendo a embarcação girar em círculos.
“Você
sabe, eu estava pensando não vamos conseguir”, disse a passageira Reneta Rojas à
BBC no documentário. “Estamos literalmente a 300 metros do Titanic e, embora já
estejamos no campo de destroços, não podemos ir a lugar nenhum a não ser andar
em círculos.”
Na
ocasião, a tripulação teve que reprogramar o controle de videogame que comandava
o movimento da embarcação para poder voltar a superfície.
Investigação
segue conforme dúvidas sobre a segurança do Titan aumentam
A
investigação internacional sobre a implosão fatal do submersível Titan foi
ampliada no final do mês passado, com a Polícia Real Montada do Canadá (RCMP,
em inglês) dizendo que está investigando se “as leis criminais, federais ou
provinciais podem ter sido violadas”.
Depois
da confirmação da implosão do submarino, a OceanGate Expeditions passou a
receber questionamentos sobre seus procedimentos de segurança e relatórios
sobre problemas mecânicos, expedições canceladas e um suposto desrespeito aos
processos regulatórios começaram a vir à tona.
O
especialista em submersíveis Karl Stanley disse, em entrevista ao New York
Times, que durante uma expedição a bordo do submarino Titan na costa das
Bahamas, em abril de 2019, ele soube que algo estava errado ao ouvir um barulho
de estalos, que apenas se intensificou ao longo das duas horas de mergulho.
No
dia seguinte, Stanley escreveu um e-mail para Stockton Rush, o CEO da OceanGate
– empresa responsável pelo Titan, que implodiu no mês passado, matando os cinco
passageiros a bordo, inclusive Rush – pedindo que ele reconsiderasse as
expedições planejadas para o Titanic naquele ano.
Stanley
opera um submersível turístico em Honduras há 25 anos, mas sua embarcação desça
apenas 600 metros, bem menos que os quase 4 mil metros que o Titan costumava
descer.
No
e-mail, ele também explica o que acha que produziu os sons. “[Os estalos]
soaram como uma falha/defeito em uma área afetada pelas tremendas pressões
sendo esmagada/danificada”, escreveu Stanley.
Para
ele, o barulho indicava “uma área do casco que estava quebrando”.
Fonte:
CNN Brasil.
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