A
votação, em plenário virtual, terminou com um placar de 5 a 2. Somente os
ministros indicados por Bolsonaro votaram contra os relatores.
O
Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou nesta segunda-feira (3/7) decretos
editados pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o porte de armas de
fogo. Com a decisão, a compra só pode ser autorizada “no interesse da própria
segurança pública ou da defesa nacional, e não em razão de interesse pessoal”.
A
votação, em plenário virtual, terminou com um placar de 5 a 2. Somente os
ministros indicados por Bolsonaro, Nunes Marques e André Mendonça, votaram
contra a decisão. As quatro ações em julgamento estavam sob relatoria da
ministra Rosa Weber e do ministro Edson Fachin.
Nos
processos de relatoria de Rosa Weber, foi declarada a inconstitucionalidade de
normas sobre:
presunção
de veracidade sobre os fatos e circunstâncias declarados pelo requerente, para
fins de aquisição de arma de fogo;
ampliação
da quantidade de armas de fogo que poderiam ser adquiridas pelos
colecionadores, caçadores e atiradores;
possibilidade
de aquisição por particulares de armas que, anteriormente, restringiam-se ao
uso privativo das Forças Armadas e órgãos de segurança pública
prazo
de validade de dez anos para o porte de armas;
importação,
por comerciantes e pessoas particulares, de armas de fogo estrangeiras.
Já
nas ações que estavam sob relatoria de Fachin, foi determinado que:
posse
de armas de fogo só pode ser autorizada às pessoas que demonstrem
concretamente, por razões profissionais ou pessoais, possuírem efetiva
necessidade;
Poder
Executivo não pode criar presunções de efetiva necessidade outras que aquelas
já disciplinadas em lei;
limitação
dos quantitativos de munições adquiríveis se vincula àquilo que, de forma
diligente e proporcional, garanta apenas o necessário à segurança dos cidadãos;
aquisição
de armas de fogo de uso restrito só pode ser autorizada no interesse da própria
segurança pública ou da defesa nacional, não em razão do interesse pessoal do
requerente.
Inelegibilidade
O
ex-presidente Jair Bolsonaro comentou, nesta segunda-feira (3/7), a escolha de
outro político de direita para se candidatar nas eleições de 2026, já que por
decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o político está inelegível até
2030.
Questionado
sobre o tema, Bolsonaro disse que não é justo que ele já declare apoio a algum
outro nome para as eleições. “Não é justo, eu estou na UTI ainda, não morri
ainda, alguém já querer dividir o meu espólio.”, disse em entrevista ao
programa Pânico, da Jovem Pan News.
O
ex-presidente Jair Bolsonaro foi declarado inelegível por oito anos em decisão
do TSE na última sexta-feira (30/6). Por 5 votos a 2, os ministros da Corte
Eleitoral entenderam que o ex-mandatário cometeu abuso de poder político e usou
indevidamente os meios de comunicação durante reunião convocada com
embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022.
Fonte:
Metrópoles.
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