Jeanne
Paollini e Kátyna Baía ficaram presas por 38 dias na Europa por suspeita de
tráfico de drogas e foram liberadas depois de investigação no Brasil provar
trocas de etiquetas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
A
Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (18) a segunda fase da
Operação Efeito Colateral para prender integrantes da quadrilha responsável
pelo esquema de tráfico internacional de drogas que levou para a cadeia as
brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía, em março deste ano.
Jeanne
e Kátyna tiveram as malas trocadas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em
Guarulhos, enquanto aguardavam o voo que as levaria para Frankfurt, na
Alemanha. As duas ficaram 38 dias presas depois que encontraram cocaína nas
bagagens.
Segundo
a PF, a ação tem como objetivo cumprir 45 mandados judicias, sendo 27 de busca
e apreensão, dois de prisão temporária e 16 de prisão preventiva, nas cidades
de Guarulhos e São Paulo.
A PF
havia confirmado, inicialmente, que eram 17 presos até 7h30. Na última
atualização, feita 9h30 à reportagem, foram confirmadas 16 prisões. Duas
pessoas com mandados de prisão temporária seguem foragidas.
Ainda
conforme a Polícia Federal, as investigações apontaram quem eram os mandantes
do crime e outros integrantes da organização criminosa, que também teriam
enviado cocaína em outras duas oportunidades, uma para Portugal, em outubro de
2022, e outra para a França, em março desse ano.
Presas
injustamente
A
viagem de 20 dias pela Europa acabou em prisão por tráfico internacional de
drogas em 5 de março deste ano, horas antes de desembarcar em Berlim, na
capital da Alemanha, o primeiro país que as goianas Jeanne Paolline e Kátyna
Baía queriam conhecer. Elas também planejavam conhecer a Bélgica e a República
Tcheca.
Uma
irmã de Kátyna contou, anteiormente, que elas planejaram a viagem com
antecedência. O objetivo dos dias pela Europa era celebrar um novo momento da
vida profissional dela.
A
prisão do casal em Frankfurt, a última conexão que faria antes de Berlim,
motivou uma operação da Polícia Federal para descobrir o que aconteceu com as
malas que foram despachadas em Goiânia e nunca chegaram ao país europeu.
Em
Frankfurt, a polícia apreendeu no bagageiro do avião duas malas com 20kg de
cocaína cada, etiquetadas com os nomes de Jeanne e Kátyna. A prisão aconteceu
na fila de embarque da escala, sem que elas pudessem ter visto as malas.
A
Polícia Federal começou a investigar o caso e disse que elas eram inocentes.
Vídeos apurados pela PF mostram quando duas mulheres chegam ao aeroporto de São
Paulo, despacham bagagem com droga que levou brasileiras à prisão na Alemanha e
vão embora em 3 minutos.
As
imagens das câmeras de seguranças do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia,
mostram o desembarque de duas malas, uma branca e uma preta.
As
malas foram despachadas no aeroporto goiano, mas no meio do caminho, no
Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, o maior do Brasil, as
etiquetas foram trocadas por funcionários terceirizados que cuidavam das
bagagens.
Segundo
a Polícia Federal, nas escalas internacionais, o passageiro despacha a mala no
aeroporto de origem e só pega de volta no destino final, ou seja, Jeanne e
Kátyna nem viram a troca das bagagens e das etiquetas.
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