Portaria
assegurando a habilitação é assinada pela ministra da saúde, Nísia Trindade, e
foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (13).
O
Governo de Alagoas conquistou, nesta quinta-feira (13), um feito histórico para
a saúde pública do Estado, com a habilitação, junto ao Governo Federal, dos
sete novos hospitais construídos nos últimos quatro anos, utilizando recursos
próprios. Isso representa um incremento mensal de R$ 33,6 milhões na verba de
custeio das unidades gerenciadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau),
totalizando, só este ano, mais de R$ 201 milhões, conforme atesta a portaria
829, expedida pelo Ministério da Saúde (MS) e publicada no Diário Oficial da
União (DOU).
Assinado
pela ministra da saúde, Nísia Trindade, o documento reconhece os novos
hospitais alagoanos como unidades de Alta Complexidade, onde o Governo Federal
se compromete a cofinanciar as ações e serviços públicos de saúde no grupo de
Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar. A publicação
ressalta, ainda, que a habilitação levou em consideração o ofício nº
E:3772/2023, encaminhado pela Sesau ao órgão federal em 25 de abril deste ano,
no qual o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda,
solicitou a incorporação de recurso financeiro para o Teto de Média e Alta
Complexidade (Teto MAC), após deliberação da Comissão Intergestores Bipartite
de Alagoas(CIB/AL).
Conforme
a portaria do MS, anualmente o Hospital Regional do Alto Sertão (HRAS), em
Delmiro Gouveia, será contemplado com R$ 21,4 milhões; o Hospital Regional do
Norte (HRN), em Porto Calvo, irá receber R$ 27,6 milhões; e o Hospital Regional
da Mata (HRM), em União dos Palmares, contará com o montante de R$ 30,8
milhões. O documento ainda detalha que, em Maceió, o Hospital Metropolitano de
Alagoas (HMA) vai contar com o aporte de R$ 46,9 milhões; o Hospital da Mulher
(HM) será beneficiado com R$ 34,9 milhões; o Hospital da Criança de Alagoas
(HCA) terá à disposição R$ 25,4 milhões; e o Hospital do Coração Alagoano (HC
Alagoano) receberá R$ 14,5 milhões anuais.
Filantrópicos
E
além dos mais R$ 200 milhões obtidos para a Sesau, por meio da habilitação dos
sete novos hospitais da Rede Hospitalar do Estado, também foram assegurados,
junto ao MS, R$ 60 milhões para 11 maternidades e hospitais filantrópicos de
Alagoas, que atendem usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Em Maceió,
quatro unidades serão contempladas, sendo o Hospital Veredas com R$ 12,3
milhões; o Hospital Nossa Senhora da Guia, com R$ 2,6 milhões; a Santa Casa de
Misericórdia, com R$ 17,5 milhões; e o Hospital Sanatório, com R$ 10,1 milhões.
Já
no interior, sete maternidades e hospitais foram contemplados com o processo de
habilitação do MS. O Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho, em
Arapiraca, irá receber R$ 6 milhões; o Hospital Regional Santa Rita e a Maternidade
Santa Olímpia, em Palmeira dos Índios, serão contemplados com R$ 3,6 milhões; a
Santa Casa de Misericórdia, em Penedo, contará com R$ 2,3 milhões; o Hospital
Nossa Senhora de Lourdes e a Maternidade Armando Lages, no Pilar, vão contar
com R$ 553 mil; e a Santa Casa de Misericórdia, em São Miguel dos Campos, terá
à disposição R$ 4,6 milhões.
De
acordo com o governador Paulo Dantas, o Tesouro Estadual vem financiando os
novos equipamentos, mas, como a saúde é tripartite, o cofinanciamento do
Governo Federal é imprescindível. “A habilitação dos leitos dos novos hospitais
é essencial para que o Governo de Alagoas possa realizar novos investimentos na
rede hospitalar e pré-hospitalar. Com o incremento do repasse financeiro por
parte do MS, o Tesouro Estadual irá dispor de mais recursos para a ampliar os
serviços já existentes, assegurando que mais usuários sejam atendidos, de
maneira mais ágil e ainda com mais humanização”, salientou o chefe do Executivo
estadual.
Legado
para os alagoanos
Para
o secretário de Estado da Saúde, esta data é um marco histórico para a saúde
pública de Alagoas, pelo incremento de recursos mensais para custeio e,
principalmente, porque os sete novos hospitais foram habilitados de uma só vez.
“Esse feito é motivo de orgulho para mim enquanto médico, servidor público e
gestor da saúde alagoana. A habilitação de todas as unidades representa a minha
maior conquista como secretário de Estado da Saúde e um legado para os futuros
gestores e para os alagoanos, uma vez que os recursos do MS serão incorporados
na receita mensal da Sesau, que, até o fim deste ano, terá um incremento de R$
200 milhões”, salientou Gustavo Pontes de Miranda.
O
titular da pasta da saúde recordou o processo percorrido para pleitear, junto
ao MS, a habilitação dos sete novos hospitais públicos alagoanos. O primeiro
passo foi cadastrar no Sistema de Apoio à Implantação de Políticas da Saúde
(SAIPS) a solicitação e, na sequência, ocorreram várias audiências na sede do
MS, em Brasília, onde Gustavo Pontes de Miranda esteve reunido, por diversas
vezes, com o secretário de Atenção Especializada do MS, Helvécio Miranda, e com
a própria ministra da saúde, Nísia Trindade.
Agradecimentos
Durante os encontros, foram apresentados os
projetos detalhando a estrutura física, o número de leitos e o perfil
assistencial dos sete novos hospitais, além de ser evidenciado o esforço
empreendido pelo Governo de Alagoas para manter, com recursos próprios, as
unidades de saúde. Orgulhoso da conquista histórica e inédita obtida, o
secretário de Estado da Saúde destacou a confiança do governador Paulo Dantas e
do presidente da Assembleia, deputado Marcelo Vitor, em seu trabalho como gestor,
o empenho dos técnicos da Sesau no processo de habilitação das novas unidades e
o apoio de personalidades políticas em Brasília.
“Agradeço
o governador Paulo Dantas, ao deputado Marcelo Vitor, por entenderem que saúde
pública se faz com gestão austera e conhecimento técnico, porque estamos
lidando com vidas. Meus agradecimentos aos servidores da Sesau, ao deputado
federal Isnaldo Bulhões, aos senadores Renan Calheiros e Renan Filho, à
ministra da saúde, Nísia Trindade, e ao presidente Lula, pela sensibilidade e
parceria em prol do fortalecimento do SUS”, ressaltou Gustavo Pontes de Miranda.
Experiente
gestor
Profundo
conhecedor do Sistema Único de Saúde (SUS) e experiente gestor, porque além de
médico concursado da Sesau, também já foi diretor hospitalar na capital e no
interior, Gustavo Pontes de Miranda destacou que fazer saúde pública em Alagoas
é uma tarefa árdua e complexa. Isso porque, segundo ele, como mais de 94% da
população do Estado depende, exclusivamente, das unidades públicas, custear a manutenção,
equipamentos, insumos, medicamentos e a equipe multidisciplinar requer
planejamento e conhecimentos apurados de gestão hospitalar.
“Fazer
saúde pública requer planejamento e um trabalho árduo para garantir que o
orçamento disponível assegure a manutenção da rede. Sou de poucas palavras e
não gosto de holofotes, por entender que estamos lidando com vidas. Na minha
concepção, o projeto de construção de uma unidade deve estar acompanhado do
cronograma de etapas para garantir a sua habilitação e, consequentemente, os
recursos de custeio, porque saúde pública se faz com planejamento e trabalho
sério”, pontuou o titular da Sesau.
Fonte:
Ascom SESAU – AL.
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